Escrita, oralidade, e demais leituras uma perspectiva de ensino.
enaf/pibid_66.html
Autor(es): Thais Cristina de Souza; Franciele Cruz; Sueelem Witsmiszyn
Professor(es) orientador(es) do projeto: Gesualda Rasia
Atividades formativas: PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Curso: Letras - Português (N)
RESUMO
O que significa ensinar português para os falantes de português?' A indagação propõe o tema principal do subprojeto PIBID Língua Portuguesa 2011 que por sua vez, conduz suas atividades aplicadas no 9º ano na E. E, Ermelino de Leãono qual nós, graduandos em Letras da UFPR, da modalidade de licenciatura, propomos atividades de leitura interpretação, escrita e análise linguística. Dentre as quais, destacamos como exemplo a unidade didática "poesia e língua(gem)". A proposição desta unidade visa, essencialmente, à construção da aula de língua portuguesa como espaço de reflexão sobre a língua como realidade dinâmica, historicamente constituída, em contraposição às abordagens que a concebem mais centradamente como estrutura submissa a regulamentações de uso. Para tanto, utilizamo-nos do poema "Coisas do meu sertão"de Patativa do Assaré. A abordagem foi feita de modo dialógico com os alunos, considerando a importância do poeta para a riqueza cultural brasileira, e logo após, transpassando para os aspectos linguísticos presentes no poema, para então propulsionar discussões referentes aos conceitos de regionalismos e dialetos, a importância da produção artística como voz de um povo, e seu contraponto diante de saberes institucionalizados como: o respeito à norma, o ensino de gramática na escola, além de oportunizar uma reflexão sobre o que chamamos de preconceito linguístico. Diante disso, a atividade visou quebrar possíveis paradigmas historicamente arraigados acerca do conceito de língua e do ensino de língua, que impossibilitam as proporções amplas e complexas que envolvem a sua composição, visto que a língua não está embasada na gramática esta que paira sobre o imaginário estudantil mas sim, é um instrumento complexo, que funciona, sim, a partir de regras, inclusive nas variedades estigmatizadas, tidas como não formais. Sendo assim, o projeto oportuniza ao contexto da educação básica esclarecimentos e discussões que são realizadas no âmbito acadêmico, tornando o espaço escolar mais democrático e provedor de acesso ao contato com diferentes perspectivas e opiniões, ampliando e fomentando nos educandos o respeito pela sua variante linguística, enfatizando claramente qual a importância da apreensão da norma ensinada na escola, proporcionando a (des)construção de suas identidades, pela língua. Desejando que na concepção de um novo olhar sobre a língua, nasça também, um indivíduo emancipado, crítico e efetivo em nossa sociedade.
Palavras-chave: Variações linguísticas, Oralidade, Leitura