Mapeamento Conceitual nas aulas de Filosofia: uma experiência com alunos das três séries do Ensino Médio com apoio do PIBID/Filosofia
enaf/pibid_53.html
Autor(es): Ariadne Costa Cabral; Edimare Chervinske; Evandro Felipe Machado da Costa; Idovino Cassol Júnior; Rejane Giacomassi
Professor(es) orientador(es) do projeto: Walter Menon Romero Júnior
Atividades formativas: PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Curso: Filosofia (Bacharelado com Licenciatura Plena) (M)
RESUMO
O objetivo do trabalho é experienciar junto aos bolsistas PIBID/Filosofia a metodologia dos Mapas Conceituais, buscando auxílio para a leitura, compreensão e análise de textos filosóficos; a ideia é buscar maior profundidade de leitura a partir dos mapas. A teoria dos Mapas Conceituais foi desenvolvida na década de 70 pelo pesquisador e educador norte-americano Joseph Novak a partir da teoria de aprendizagem significativa de David Ausubel. Segundo Ausubel, a aprendizagem se torna significativa quando um novo dado ou ideia encontra uma espécie de "ancoragem" na estrutura cognitiva, promovendo interação dinâmica entre o novo conhecimento e o já existente; dessa maneira é que o conhecimento vai se construindo. Deleuze e Guattari, em O que é a Filosofia?, afirmam que não há conceito simples. Cada conceito remete a outros e seus componentes são buscados em outros conceitos, que respondiam a outros problemas e podem bifurcar em novos conceitos. Segundo estes autores, o construtivismo, em suas generalizações, uniria o relativo e o absoluto, numa constante criação e recriação de conceitos. Esse é o fundamento das Diretrizes Curriculares de Filosofia da Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Acreditando, então, na importância metodológica do Mapeamento Conceitual para o trabalho com conceitos, estamos trabalhando com ela nas três séries do Ensino Médio. A metodologia de trabalho envolve algumas fases: iniciamos com orientações de leitura de textos filosóficos fornecidas por Evélyne Rogue, autora francesa que estamos traduzindo nas OTs (Oficinas de Tradução do PIBID/Filosofia); a segunda fase é fazer uma leitura prévia de um texto filosófico selecionado, identificando nele os principais conceitos envolvidos e também os verbos mais significativos; em seguida, propomos aos educandos a construção de um mapa individual que ligue os conceitos com verbos associados, organizando proposições e interligando-as. Este primeiro mapa é avaliado pelo próprio aluno a partir de uma tabela proposta e só depois disso é socializado em grupos de 5 ou 6 integrantes, sendo a última etapa a construção de um mapa do grupo de discussão. Estes mapas finais são comparados e cada educando, a partir deles, constrói um comentário do texto lido como finalização da atividade. Todo o processo é acompanhado e tem o auxílio dos bolsistas do PIBID. Embora precisemos de maior tempo de trabalho com mapeamento conceitual, já é possível perceber como resultado maior qualidade na produção dos comentários dos textos propostos.
Palavras-chave: Leitura, Textos filosóficos, Mapeamento Conceitual