RESUMO

A presente comunicação tem como objetivo compartilhar algumas dificuldades encontradas no ambiente escolar, como a utilização da teoria dos gêneros discursivos, desenvolvida por Mikhail Bakhtin, e a aceitação desse trabalho por parte do corpo docente. Também compartilhar os diferentes processos teóricos que o ensino de língua estrangeira, especificamente o espanhol, passou, e ainda passa, nos ambientes escolares do país. E, a partir disso, problematizar como a teoria bakhtiniana, proposta nos documentos oficiais que regem a educação do país, é trabalhada em sala de aula e, como consequência, pensar no papel do professor como mediador do trabalho em sala de aula com os gêneros discursivos. Pretende-se, também, analisar brevemente, a aplicação de uma atividade concebida segundo a teoria dos gêneros discursivos desenvolvida pelos bolsistas do projeto PIBID/UFPR-ESPANHOL dos alunos de ensino médio de um colégio da rede pública de ensino e seus breves resultados no aprendizado do grupo de alunos. Além da teoria bakhtiniana, a comunicação também irá se centrar nos estudos feitos por Luiz Antonio Marcuschi no contexto nacional, sobre a utilização dos gêneros discursivos em sala de aula e nos Parâmetros Curriculares Nacional do Ensino Médio, um documento norteador na elaboração de material didático e elaboração de aulas. Levantam-se algumas questões problemáticas sobre o ensino de E/LE nas condições existentes na Rede Estadual do Estado do Paraná, como a falta de formação contínua do professor, o descompasso entre a teoria e a prática, aceitação por parte do corpo discente do trabalho dos gêneros discursivos, discute-se o a relação do aluno como sujeito do processo de ensino-aprendizagem e a possibilidade de se trabalhar com a produção escrita em língua estrangeira neste contexto.

Palavras-chave: Ensino de espanhol como língua estrangeira, Parmetros curriculares nacional, Gênero discursivo