RESUMO

Você sabe por que não crescem árvores na areia da praia? Sabe que tipo de rocha compõe o preto e branco das calçadas de Curitiba ou de Copacabana? As respostas são simples: os grãos de areia são frouxos e mais separados entre si, diferente da terra, por isso este tipo de solo oferece pouca sustentação para as árvores fixarem suas raízes; em relação às calçadas, as rochas brancas são um tipo de rocha sedimentar química (o calcário) e as pretas outro tipo, uma rocha ígnea (magma solidificado) chamada basalto. É desta forma, relacionando o dia-a-dia dos educandos com o conteúdo de ciências, que o grupo do PIBID do Setor de Ciências Biológicas da UFPR elabora as aulas práticas para as crianças do sexto ano da Escola Estadual Gottlieb Mueller. Sendo assim, o presente trabalho objetiva relatar a experiência na formação de professores pelo programa PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) ocasião da participação, semanal, nas aulas regulares da escola e aplicação de aulas práticas em Ciências para os sextos anos da referida escola. Como exemplo, utilizaremos a aula sobre rochas, na qual mostramos aos estudantes alguns exemplares de rochas, explicando-lhes no que elas são utilizadas e realizando experimentos para demonstrar como são formadas (tais como fazer uma analogia sobre a solidificação do magma ao solidificar cera de vela, ou ilustrar o processo de sedimentação com uma garrafa de água com areia); e a aula sobre solos, onde fizemos os alunos pensarem sobre a relação entre a água e as partículas minerais, ao realizarmos um experimento demonstrando as diferenças de permeabilidade entre diversos tipos de substratos. A participação na rotina das aulas e experiências deste tipo permitiram a nós, futuros professores, a vivência da realidade das escolas, bem como nos despertaram para a necessidade de diferentes métodos e abordagens de ensino. Muito além, a convivência semanal com os estudantes em sala e as aulas ministradas forneceram, também, a oportunidade de experienciar que a escola também é um local de relações humanas, no qual a troca de saberes entre os professores e os alunos, ambos ensinando e aprendendo, faz toda a diferença. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).

Palavras-chave: Aulas práticas, Relato de experiência, Ensino de ciências