RESUMO

Todos os dias, nos dispomos diante do mosaico de informações transmitidas na televisão, internet, cinema, etc. fagocitando e reproduzindo comportamentos. A mídia, para o corpo, serve como uma ferramenta de moderação do indivíduo, pois a repetição de discurso dentro dos meios de comunicação faz a função de fixador de ideia, o sujeito passa a repetir comportamentos que pensa serem "naturais" através dessas falas constantes. A propaganda médica-midiática traz com a ajuda das novas tecnologias o pensar no corpo ideal, que agradaria a aqueles que estariam em busca de um corpo "perfeito". Quando pensamos nas imposições colocadas no corpo da mulher modelada dentro dos moldes esteriotipados pela mídia, e por necessidades fúteis que supostamente seriam um status de bem estar pessoal/social, vemos a moderação do homem por sobre o corpo feminino na busca da manutenção do status predatório masculino. O corpo é uma ferramenta da mente e por isso a adequação constante é observável quando vemos as demais transformações deste corpo-objeto ao longo da vida. Há uma longa e interminável busca pelo aperfeiçoamento desta matéria-carne, as muitas mutações forçadas são também pontos a se questionar, visto a divisão do sujeito e do corpo-objeto. Vivemos uma era da fábrica de Frenksteins, que tem por ótica a possibilidade de fabricar seres míticos, isto é o que está acontecendo quando vemos o número de invasões cirúrgicas no organismo a que se dispõem mulheres e homens na busca ilimitada pela perfeição A mídia vem fazer parte disso tomando a posição de moderadora na constituição do corpo por ser a maior disseminadora desses valores sociais impostos, solidificando a ideia de como se deve apresentar o corpo feminino. O presente trabalho faz uma análise sobre o conceito de corpo feminino ideal pregado pela mídia, bem como uma reflexão sob aspecto cultural e a disseminação do discurso midiático sobre o corpo.

Palavras-chave: Corpo, Feminino, Mídia