Feiras de produtores de Matinhos e Paranaguá no litoral paranaense: ações de pesquisa – ação do PET Comunidades do Campo

Autor(es): Alexandre Hofart Harins; Diogo Camargo Pires; Elaine Paduch; Leandro dos Santos Cardoso; Natalia S. Salussoglia; Vânia Stopinski

Professor(es) orientador(es) do projeto: Valdir Frigo Denardin

Atividades formativas: PET - Programa de Educação Tutorial

Curso: Gestão Pública (Setor Litoral) (N)


RESUMO

Identificar o perfil dos produtores que comercializam nas feiras livres de Matinhos e Paranaguá, bem como a visão deste sobre a feira e as principais dificuldades e potencialidades presentes na mesma. O método utilizado para a elaboração da atividade constitui-se de quatro etapas. Primeiro foi realizada uma revisão bibliográfica sobre mercados livres, agricultura familiar, circuitos curtos de produção e comercialização e metodologias de pesquisa em campo. Em seguida, foi elaborado, de maneira coletiva, um questionário semiestruturados a ser aplicado nas feiras pesquisadas. A terceira fase compreende as visitas às feiras e entrevistas com os produtores, sendo realizadas pelos bolsistas em duas datas distintas. No quarto momento, foi realizada a tabulação dos dados obtidos como forma de organizá-los e facilitar a escrita do relatório contendo as principais potencialidades e problemáticas das feiras de Paranaguá e Matinhos. As feiras apresentam-se para o agricultor familiar como a melhor alternativa de escoamento da produção agrícola e são importantes pelo fato de ser um meio de comercialização que propicia uma renda semanal. É um espaço onde se encontram produtos agroecológicos com preços acessíveis a todos os consumidores. Em Matinhos, 82,5% dos produtores comercializam produtos agroecológicos e 12,5% vendem artesanatos. Nesta perspectiva fica evidente que o perfil da feira de Matinhos é de produtores agroecológicos. Já na feira de Paranaguá são comercializados desde produtos agroecológicos, agroindustrializados e artesanais. Os problemas apresentados pelos feirantes estão relacionados à infraestrutura e a falta de divulgação das feiras. Identificou-se como potencial o contato direto com o consumidor, que possibilita a interação cultural, tendo em vista que a comercialização de seus produtos podem agregar conhecimentos sobre seu uso e conservação, além de ser uma estratégia de desenvolvimento, reprodução e sobrevivência frente às dificuldades de comercialização enfrentada pelos agricultores familiares. Entendemos que é necessário dar a continuidade nas atividades de extensão junto às feiras pesquisadas, como forma de prover um retorno aos entrevistados. Por fim, há planos para continuar com um levantamento de dados similar nas outras feiras livres que ocorrem no litoral paranaense.

Palavras-chave: Feiras livres, Mercados curtos, Agricultura familiar