Oficina de Patrimônio oferecida pelo PET- História em 2013

Autor(es): Felipe Barradas Correia Castro Bastos; Ivan Araujo Lima; Jéssica Louise Rocha Neiva de Lima

Professor(es) orientador(es) do projeto: Renata Senna Garraffoni

Atividades formativas: PET - Programa de Educação Tutorial

Curso: História (T)


RESUMO

A oficina, concebida durante reuniões do PET História, teve como objetivo central discutir com os alunos do ensino médio da Escola Estadual José Loureiro Fernandes a constituição da noção de patrimônio e, consequentemente, pensar, acerca da construção de identidade e memória. Como metodologia, dividimos a oficina em dois encontros de 50 minutos, enfocando sempre o diálogo com os alunos. O primeiro encontro foi dividido em duas etapas. De início, procuramos introduzir o conceito de patrimônio segundo referenciais teóricos adotados por Françoise Choay, na obra Alegoria do Patrimônio, que divide o conceito de patrimônio em três categorias: histórico, natural e artístico. Em seguida, trabalhamos legislações sobre a preservação e tombamento do patrimônio, permitindo uma abordagem institucional. A segunda etapa foi voltada para a discussão de como se constroem identidades e memórias. Abordamos os papéis políticos e ideológicos do arqueólogo e do historiador no processo de construção de discursos a respeito da importância de patrimônios. O segundo encontro, foi igualmente divido em duas partes. Partindo das discussões anteriores, realizamos uma discussão de como a concepção de arte é construída. Inicialmente, os alunos foram questionados sobre o que seria arte. Utilizando as respostas, introduziu-se uma visão e conceituação de arte institucional a partir de um panorama histórico, com exibição de imagens, buscando enfatizar as diferenças entre definições de arte na História, assim como as diferentes visões sobre o papel do artista. Em seguida, voltamos nossa explicação ao ambiente mais próximo deles: a cidade, e a partir dela pensar o grafite e seu papel estético. Discutimos questões a respeito de arte institucional, a arte de museu, em contraponto com a marginal. O enfoque nesta questão foi a percepção da construção do conceito de arte. Apresentamos imagens de grafites, quadros e esculturas, buscando o que causava maior identificação e aproximação, permitindo-nos mostrar que o conceito de arte não é natural. Como resultados, tivemos compreensão dos alunos a respeito da construção de memórias e identidades, assim como a possibilidade de mudança de visão de mundo com a desnaturalização de sentimentos identitários e memórias históricas.

Palavras-chave: Extensão com ensino médio, Patrimônio, Arte