Morfometria das fibras musculares de larvas e pós-larvas de jundiá (Rhamdia quelen) incubadas a 21e 27 °C
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Autor(es): Bruna Aline dos Santos Souza; Alana Marielle Rodrigues-Galdino;
Professor(es) orientador(es) do projeto: Flavia Sant'Anna Rios
Atividades formativas: PVA
Curso: Ciências Biológicas (N)
RESUMO
O tecido muscular é um dos responsáveis pelo movimento corporal, sendo composto por fibras musculares. A principal parte comestível dos peixes é composta de fibras de musculatura branca e a temperatura de incubação pode alterar o número, tamanho e distribuição dessas fibras, influenciando na textura e, consequentemente, a qualidade da carne. No presente estudo, larvas e pós-larvas de R. quelen foram mantidas a 21 e a 27oC desde a fecundação. O potencial de formação de músculo foi avaliado pela morfometria do músculo. A morfometria é a análise da forma do corpo ou da célula em relação ao tamanho através de métodos numéricos. É muito usada na biologia evolutiva, além de propiciar a interpretação e comparação dos padrões de variação de caracteres quantitativos. A técnica de análise morfométrica utilizada foi à geométrica que é um conjunto de técnicas no estudo da forma de estruturas biológicas onde são utilizados marcos anatômicos (landmarks). Em média, 30 cortes histológicos transversais de cada estádio e em cada situação experimental foram analisados (duplo cego). Utilizando o programa MetaSystems/ VSViewer, foi medida a área superficial total da região contendo músculo esquelético, bem como a área superficial de 10 fibras musculares individuais, escolhidas aleatoriamente em cada corte. Quantificou-se o número total de fibras musculares e a densidade de fibras musculares (fibras por mm2) foi calculada. As pós-larvas incubadas em temperatura mais alta apresentaram maior quantidade de músculo e maior densidade de fibras que aqueles incubados a 21°C. Os resultados sugerem que a espessura da fibra é diretamente proporcional à temperatura, resultando em pós-larvas com fibras musculares mais espessas e mais numerosas a 27oC, o que pode representar um maior potencial para formação de carne sob essas condições. Esses resultados podem contribuir para melhoria da larvicultura desta importante espécie nativa de crescente interesse comercial.
Palavras-chave: Biologia, Peixe, Músculo