RESUMO

Pensando a educação como um processo imprescindível para o desenvolvimento da cidadania, acreditar que toda a educação, por si só, deve ser ambiental é um pensamento natural. Nesse sentido, o presente trabalho foi realizado para saber quais são as representações sociais, de rios e córregos, junto a crianças estudantes do quinto ano de nove colégios e escolas do bairro Cajuru, na cidade de Curitiba. O bairro Cajuru é um dos três mais populosos da cidade, tendo cerca de cem mil habitantes. Teve densa ocupação durante a década de setenta, com implantação de conjuntos habitacionais, porém manteve características agrícolas até a década de oitenta. Durante a década de noventa ocorreu a segunda onda de ocupações, estas irregulares e principalmente em áreas sujeitas a inundações. Pelo Cajuru passam dois rios (Iguaçu e Atuba) e cinco córregos (Jardim Natália, Jardim Acrópole, Jardim Mercúrio, Teófilo Otoni e Capão da Imbuia). Este relato é parte de um trabalho de término do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná que, para a coleta de dados, utilizou diferentes instrumentos. Esta comunicação apresenta e discute as representações evidenciadas em questionário onde foram abordadas diversas questões quanto ao reconhecimento de rios e córregos no local, sua importância, o que está relacionado com eles, como as crianças desejariam que estivessem, entre outros componentes da representação. Analisando estas informações concluímos que as crianças não reconhecem os rios e córregos da região como estruturas naturais, principalmente pelo estado degradado que estão. As crianças também demonstraram o desejo de que estes locais deixassem de ser destinados a esgoto, lixo e criminalidade e passassem a ser locais conservados, com beleza natural e possibilidades de lazer. Acreditamos que a escola é um lugar privilegiado para essa discussão.

Palavras-chave: Representação social, Rios, Córregos