O PARFOR e a formação continuada em Educação Musical para professores não-especialistas em Música: um estudo de caso

Autor(es): Juliane de Almeida Lino

Professor(es) orientador(es) do projeto: Guilherme Gabriel Ballande Romanelli

Atividades formativas: Outros Projetos

Curso: Música - Bacharelado (T)


RESUMO

Este trabalho visa refletir sobre a contribuição que cursos de formação continuada para professores não-especialistas na área de Música podem significar para o atual cenário da educação brasileira que, desde 2012, incorporou o ensino obrigatório de Música à educação básica, conforme determina a Lei 11.769/08. Dessa forma apresenta-se um panorama da Educação Musical no Brasil com ênfase no cenário atual e na lei supracitada. Aspectos sobre a formação continuada para professores serão abordados, especialmente os relacionados à educação musical. Para o campo empírico, além de questionários, utilizou-se a entrevista como caminho metodológico, sendo estas realizadas com professores participantes do PARFOR Música da Universidade Federal do Paraná. A partir da pesquisa, levantou-se um perfil geral dos participantes, bem como questões voltadas à percepção dos mesmos a respeito do curso do qual fazem parte e sobre a formação continuada de uma forma geral. Ademais, por meio dos instrumentos utilizados na pesquisa de campo, foi possível articular relatos dos participantes com o referencial teórico utilizado como norte desse estudo. A trajetória da Educação Musical brasileira não foi contínua e regular. Segundo Fonterrada (2008), o valor da Música e da Educação Musical sofre modificações a cada período histórico, sendo essas atreladas às concepções e crenças de cada época e sociedade. Após diferentes momentos de presença e ausência, a Música voltou a fazer parte dos conhecimentos obrigatórios no currículo público escolar brasileiro. Devido à recentidade da Lei 11.769/08, buscam-se ainda formas de tornar efetiva a presença desse conteúdo dentro das escolas. Os cursos de formação continuada para professores existem nas mais diversas áreas do conhecimento e contribuem para uma melhor qualidade do processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Tardif (2002), a formação profissional docente deve ser contínua. Bellochio e Garbosa (2010) defendem a necessidade de se pensar em estratégias e programas que contribuam para a preparação dos profissionais responsáveis pela implantação efetiva da Música como um conteúdo obrigatório nas escolas. As autoras discutem, ainda, a importância dos cursos de formação continuada em Música diante da Lei 11.769/08 e defendem um ponto importante relacionado ao programa escolhido para realização da pesquisa de campo desse estudo: a possível contribuição da articulação entre as diferentes instituições de ensino e seus profissionais para a conjuntura atual da Educação Musical no Brasil.

Palavras-chave: Educação Musical, Formação continuada, PARFOR - Música