ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DE CEDRELA FISSILIS VELL. E CABRALEA CANJERANA (VELL.) MART.
1356
evinci/resumo_1356.html
Aluno de Iniciação Científica: Fernando Garrido de Oliveira (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina (MT)
Orientador: Roberta Paulert
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 90400003
RESUMO
O cedro (Cedrela fissilis Vell.) e a canjarana (Cabralea canjerana (Vell.) Mart.), são espécies arbóreas nativas da Floresta Tropical Semidecidual pertencentes à família Meliaceae e empregadas na medicina popular no tratamento de doenças. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito antibacteriano dos extratos aquosos e alcoólicos das folhas e cascas das duas espécies vegetais. O material vegetal de ambas as espécies foi coletado no horto florestal da UFPR Setor Palotina. As folhas e cascas secas foram trituradas e submetidas à extração com água ou com álcool durante 48 horas a 4°C. Na extração aquosa, foram obtidos extratos brutos e diluídos a 5%, 10% e 20%. Os materiais vegetais também foram extraídos com etanol e após o período de extração, o solvente foi totalmente evaporado. O extrato bruto resultante foi resuspendido com dimetilsulfóxido (DMSO) para obter uma concentração de 5%,10% e 20%. A atividade antibacteriana dos extratos aquosos foi determinada pelo método de difusão em ágar Mueller-Hinton frente às bactérias Staphylococcus aureus, Staphylococcus saprophyticus, Escherichia coli, Bacillus cereus, Bacillus subtilis e Klebsiela pneumoniae; os extratos alcoólicos foram testados frente às bactérias Escherichia coli ATCC 25922, Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. O inóculo foi preparado a partir de colônias isoladas e diluídas em solução salina até corresponder à turvação do tubo 0,5 da escala de MacFarland (106 UFC/mL). Em cada poço, foram adicionados 40 µL de cada concentração dos extratos e água destilada ou DMSO como controle. As placas foram incubadas em estufa a 37°C por 24 horas e após esse período foi medido o halo de inibição. Os ensaios foram realizados em triplicata. De acordo com os resultados obtidos, foi possível observar que os extratos aquosos de folhas de cedro e canjarana não apresentaram nenhuma atividade contra as cepas bacterianas testadas. Por outro lado, os extratos alcoólicos das folhas das duas espécies vegetais inibiram o crescimento da bactéria Gram-positiva (S. aureus). Os extratos alcoólicos de cascas de cedro e canjarana inibiram o crescimento das três espécies bacterianas testadas (S. aureus, E. coli e P. aeruginosa). Esse trabalho contribui para o esclarecimento do potencial farmacológico dessas duas espécies vegetais utilizadas na medicina popular brasileira.
Palavras-chave: Atividade Antimicrobiana, Plantas Medicinais, Extrato Alcoólico