RESUMO

Nos últimos anos na região costeira do Paraná têm ocorrido o aparecimento de animais revestidos com resíduo de óleo, alguns destes animais não sobrevivem até o seu resgate ou mesmo após o recolhimento, não resistem até o fim do tratamento da retirada do óleo. Aves marinhas têm suas penas revestidas com óleo o que prejudica sua locomoção e o controle da temperatura interna prejudicando a sobrevivência do animal contaminado. Alguns dos animais recolhidos no litoral paranaense, em específico no município de Pontal do Paraná, estão debilitados de forma que não resistem até o fim do tratamento e assim, estes animais são mantidos congelados no laboratório do PROAMAR Projeto de Reabilitação e Estudos de Aves, Mamíferos e Répteis associados a ambientes marinhos. A metodologia utilizada convencionalmente pelas instituições que reabilitam animais petrolizados utiliza material surfactante e água morna para retirada do óleo de animais marinhos. Com o intuito de testar uma nova metodologia na limpeza de pinguins petrolizados, diminuindo a utilização de substância surfactante no tratamento e facilitando a reabilitação, foi testada a utilização da fibra da paina na sorção do óleo, como mecanismo primário de limpeza. Já foi comprovada a eficiência da paina (fibra da paineira Chorisia speciosa) como material sorvente de óleos, superando sorventes comerciais. Utilizando amostras de pinguins que não sobreviveram e foram mantidas congeladas, foi realizado ensaios para remoção do petróleo e óleo mineral utilizando fibras da paineira na forma de almofadas e tapetes trançados. Os resultados foram analisados por meio de comparativo da redução de surfactante utilizado na nova metodologia e na metodologia convencional, diferença de peso e análise das imagens de microscopia. Esta pesquisa é uma parceria do Laboratório de polímeros do Departamento de Engenharia Mecânica com o laboratório da PROAMAR do CEMCentro de estudos do Mar da UFPR.

Palavras-chave: Pinguins Petrolizados, Limpeza, Sorvente Alternativo