ENTRE EDUCAÇÃO, ECOSOFIA, EXPERIMENTAÇÃO: OUTROS MUNDOS SÃO POSSÍVEIS

1274

Aluno de Iniciação Científica: Emerson Biernaski (PIBIC/CNPq)

Curso: Pedagogia (N)

Orientador: Kátia Maria Kasper

Departamento: Teoria e Prática de Ensino

Setor: Setor de Educação

Área de Conhecimento: 70807000


RESUMO

Este trabalho apresenta resultados de um trajeto iniciado em 2011, com a pesquisa (Des) formar, experimentar, singularizar, aprender: um estudo dos processos criativos de Fernando Rosenbaum. Continuidade da investigação, cartografa (FARINA, 2008; ALBERNAZ, 2011) processos de criação/ singularização/ formação do artista mencionado. Como fonte, utiliza o seu depoimento, gravado em áudio e vídeo, bem como um levantamento de materiais, registros de conversas, encontros e eventos que documentam sua trajetória e produção. Inspirada principalmente nos conceitos de ecosofia e singularização de Félix Guattari (1996; 2001), analisa a reverberação de algumas proposições de Rosenbaum para a cidade de Curitiba, dentre elas a Bicicletaria Cultural. Pensa ressonâncias políticas, sociais, ecológicas, educativas, estéticas, éticas, produzidas por tais proposições. Ou seja, investiga como esses acontecimentos podem possibilitar que se pense, viva, sinta diferentemente; como produzem modos singulares de existência, que escapam dos modelos dominantes e padronizados do capitalismo mundial integrado (GUATTARI, 2001). Ecosofia como articulação ético-política entre três registros ecológicos – o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana –, para a instauração também de novos sistemas de valorização. Singularização como processo de produção de subjetividades não conformes aos padrões e ainda como um processo radical de formação, criação de um estilo de vida. A Bicicletaria é um espaço autônomo, com programação contínua, fundado por Rosenbaum e Valverde em 2011. Ambiente colaborativo, onde artistas, ativistas, bikers e estudiosos de vários países se encontram. Abrange o apoio e serviços aos ciclistas – estacionamento, manutenção, oficinas e cursos sobre bicicleta –, ativismo, mobilidade urbana e arte. Marcado por uma tomada de posição em relação a problemas políticos, sociais e éticos. Espaço que envolve colaborativismo, sede de reuniões da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu, do projeto Jardim de Volts – laboratório experimental de computação poética, projeto cultural de ateliê e oficinas artesanais de hardwares e ferramentas livres pelo prêmio da Funarte/2010 – e exposições, como a Deslocamentos. Eventos e encontros, como as Mostras de performance arte – p. Arte, os Encontros de Cicloviajantes, o Projeto Nuvem, entre outros. Arte aliada ao ativismo, se fazendo valer da dimensão estética na ação política direta.

Palavras-chave: Singularização, Ecosofia, Formação