RESUMO

A partir da coleção inédita de 1018 fichas de filiação ao Partido Libertador (PL), organizada por Felipe Aristides Simão, ex-vereador e ex-presidente da Legião Paranaense do Expedicionário (LPE), e encontrada no ‘arquivo morto' desta mesma instituição, este trabalho tem por objetivo analisar o perfil social, profissional e econômico dos filiados ao partido e a relação entre a LPE e o PL, já que o caráter apolítico da dita LPE é exaltado ainda hoje. A Legião Paranaense do Expedicionário foi fundada na década de 1940, alguns meses após o fim da Segunda Guerra Mundial, como uma entidade de assistência aos ex-combatentes de guerra, com a pretensão de não apresentar qualquer vínculo político. O prédio atual do Museu do Expedicionário foi construído para sediar a instituição e assim ainda o faz. Já o Partido Libertador foi fundado em 1928 e extinto em 1965, tinha como ideologias principais o liberalismo e o parlamentarismo. Para atingir o objetivo da pesquisa foi necessária a tabulação dos dados contidos em todas as fichas em uma planilha do Excel. Depois de finalizado esse trabalho, foi realizada a análise sistemática dos dados, através da comparação das fichas. A conclusão alcançada é de que havia, sim, relação entre partido e instituição, já que o Partido Libertador é citado em grande parte das fichas. Quanto ao perfil social, profissional e econômico dos indivíduos, é possível perceber que um grande número deles trabalhava em instituições públicas e militares, e também havia doutores e outros que trabalhavam em farmácias, livrarias, bares, posto de gasolina, mercado, entre outros. Vimos que existiam ainda mulheres filiadas ao partido, tanto casadas como solteiras. É de importância, também, para este trabalho, contribuir para os estudos referentes ao Partido Libertador no Paraná. Por ter sido criado no estado do Rio Grande do Sul, são escassos os trabalhos referentes a sua atuação em outros estados.

Palavras-chave: Partido Libertador, Expedicionário, Ex-Combatentes