AS OCUPAÇÕES IRREGULARES E O PROCESSO DE EXTENSÃO URBANA E METROPOLIZAÇÃO DE CURITIBA

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Aluno de Iniciação Científica: Eduardo Carvalho Witt (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Arquitetura e Urbanismo (MT)

Orientador: Marianita Nunes Silva

Departamento: Arquitetura

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 60402024


RESUMO

A pesquisa tem como objetivo estudar a relação entre a dinâmica de produção dos espaços informais de moradia no município de Colombo e a metropolização de Curitiba. Pretende ainda analisar as transformações espaciais ocorridas durante o processo de produção do espaço urbano desse município com a intensificação da metropolização ocorrida nas últimas quatro décadas. Os procedimentos metodológicos referenciam-se na Tese de Silva (2012) que analisou este mesmo processo em dez dos doze municípios do aglomerado metropolitano. Em primeiro lugar foram sistematizados os dados referentes aos espaços informais de moradia em Colombo, a partir do levantamento realizado pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba em 1997. Inicialmente estes dados seriam comparados aos levantados no Plano Local de Habitação de Interesse social elaborado em 2012, porém a Prefeitura Municipal não disponibilizou este documento para a pesquisa, inviabilizando tal procedimento. Os dados de 1997 foram organizados em tabelas contendo: o nome da ocupação, a propriedade da terra, a superfície ocupada e o número de domicílios de cada assentamento informal. Essas informações foram georreferenciadas através do software ArcGis, e tomou como base o mapeamento dos assentamentos existente na mesma fonte. A partir desse procedimento foi possível analisar a estruturação do espaço urbano de Colombo à luz da produção das suas ocupações irregulares, e também estudar a relação desse processo à formação da espacialidade metropolitana. Os resultados mostram que a produção dos espaços de moradia informal na RMC apresenta-se desde a década de 1970, mas intensifica-se a partir da década de 1990. Em áreas públicas ou privadas, os grupos sociais com dificuldade de acesso à moradia à cidade formal, norteados pela lógica da necessidade, passaram a ocupar de maneira informal encostas íngremes, áreas alagadiças, fundos de vales, dentre outras áreas de preservação. Com base nos dados levantados em 1997 existiam em Colombo 96 espaços informais de moradia, que ocupavam uma área de 722.426m² somavam 6.331 domicílios localizados em assentamentos informais. Estas áreas contribuíram para a formação da periferia metropolitana situada nas proximidades do limite com Curitiba, e para a consolidação da metrópole. A necessidade de espaços próximos do trabalho e dos recursos necessários à sobrevivência da população, bem como, o custo da terra na cidade pólo, são os principais fenômenos que explicam a ocorrência desta dinâmica em Colombo.

Palavras-chave: Metropolização, Região Metropolitana de Curitiba, Produção da Moradia Informal