RESUMO

As funções e a necessidades do homem mudam continuamente, desde sempre, como modo de adaptação e levando, conseqüentemente, à evolução. As transformações econômicas, sociais e culturais de uma sociedade influenciam diretamente o modo de viver das pessoas, tendo como conseqüência a necessidade de modificar o entorno em que vivemos para que este possa comportar as adaptações que ocorrem em nossas vidas, como maior exemplo se tem o início das construções verticais, demonstrando que as casas habituais já não comportavam o número de pessoas para aquele determinado espaço e nem suas novas atividades. Em edificações térreas esse problema pode ser facilmente resolvido, já em habitações verticais essa alteração é limitada, podendo até se tornar impossível. Baseado nisso, não convém projetar edifícios para um programa único e imutável. Nesse trabalho são pesquisados os conceitos de flexibilidade e adaptabilidade e suas aplicações em edificações contemporâneas. Foram levantados dados, já pesquisados anteriormente, sobre essas habitações multifamiliares na cidade de Curitiba, estado do Paraná, no período de 1990 a 2010. Depois que todos os edifícios foram analisados, foram escolhidos nove exemplos para se entender como os conceitos foram considerados no momento da concepção dos projetos em relação à flexibilidade aplicada, em diferentes épocas dentro desses vinte anos: três edifícios com alto grau de flexibilidade, três com uma adaptabilidade mediana e outros três em que modificações interiores seriam praticamente inviáveis. A pesquisa busca alertar o arquiteto, profissional encarregado de executar projetos, a pensar de uma maneira flexível, garantindo melhorias nas condições das moradias e durabilidade nas habitações coletivas, bem como algumas estratégias para colocar em prática esse modo de projetar.

Palavras-chave: Flexibilidade, Adaptabilidade, Habitação Vertical