A FORMAÇÃO DE CLUSTERS NO SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO BRASIL

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Aluno de Iniciação Científica: Mariana Kimura (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Econômicas (M)

Orientador: Luiz Alberto Esteves

Departamento: Economia

Setor: Setor de Ciências Sociais Aplicadas

Área de Conhecimento: 60309008


RESUMO

A Terceira Revolução Industrial iniciou o período que ficou conhecido como a era da informação. Diferentemente do momento anterior, em que a acumulação de capital se dava através de bens tangíveis, a partir desse período a informação tornou-se central, definindo um novo paradigma, o da tecnologia de informação e comunicação (TIC). O setor de TIC compreende o conjunto de procedimentos, métodos, equipamentos e recursos tecnológicos utilizados para reunir e compartilhar informações e tem como base a microeletrônica, as telecomunicações e a informática. No Brasil, o setor representa 8,3% (IBGE, 2006) do valor adicionado do total da economia e 3% (IDEM) quando se trata da participação do emprego. O país é hoje o 5º maior mercado mundial de tecnologia da informação e comunicação e pretende atingir a terceira posição em menos de 10 anos segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O campo de Tecnologia da Informação e Comunicação logo nos remete à ideia de polos de tecnologia muito pelo sucesso desse tipo de aglomeração nos setores de tecnologia de ponta como é o caso dos distritos industriais de Baden Würtemberg na Alemanha, um dos casos de maior sucesso na história sobre desenvolvimento regional e o Vale do Silício nos EUA, o maior cluster industrial e de serviços especializados do mundo. O presente trabalho pretende verificar a formação de economias de aglomeração no Brasil no setor de TIC, assim como aquelas citadas nos parágrafos acima. Antes da análise empírica, foi feita uma revisão da literatura sobre o tema, principalmente a partir dos estudos de Marshall, Nadvi, Schmitz, Humphrey e Porter. Nesta seção foram apresentadas as visões dos mesmos sobre os diferentes conceitos dentro das economias de aglomeração, as maneiras como os clusters afetam a competitividade, os impactos dos clusters industriais sobre a indústria infante, bem como as políticas econômicas de estímulo às economias de aglomeração. Para a análise da formação de clusters no Brasil no setor de TIC foi utilizada a análise de shift-share, verificando se há sinais de convergência ou divergência entre o número de emprego das regiões analisadas com a média nacional de acordo com a classificação CNAE 2.0 (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Sumariamente, a partir dos resultados obtidos, é possível dizer que está havendo formação de clusters em determinadas áreas do Brasil no setor de TIC. O trabalho ainda conta com uma análise da existência de políticas públicas implantadas nas regiões identificadas como clusters e seus efeitos no desenvolvimento dos mesmos.

Palavras-chave: TIC, Cluster, Shift-Share