TESTES DE INTENÇÃO DE CONSUMO DA CARNE DE RÃ SOB DIFERENTES FORMAS DE PREPARO

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Aluno de Iniciação Científica: Ronei Comarella (Pesquisa voluntária)

Curso: Tecnologia em Aqüicultura - Palotina (N)

Orientador: Andre Muniz Afonso

Colaborador: Tamila Fabiane Tomaz

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 50702017


RESUMO

Observa-se que a evolução da cadeia ranícola nos municípios da Região Oeste do Paraná ainda é muito discreta, assim como o consumo da carne de rã. Dessa forma, pretendeu-se conhecer a intenção de consumo de produtos elaborados a partir da carne de rã, realizada por meio de análise sensorial, composta por 50 pessoas, de sexo e idade variadas. A carne de rã utilizada era proveniente de entreposto de pescado com inspeção federal. O produto chegou ao Laboratório de Controle Microbiológico de Água e Alimentos da Universidade Federal do Paraná em embalagem própria e congelado e, um dia antes do preparo, foi retirado do freezer e colocado em geladeira para descongelamento a 0C por 24h. Em seguida foi removido da embalagem e dividido em oito partes, submetidas a um pré-cozimento em água a 70C por 20 min. Quatro produtos-teste foram elaborados, a saber: a) risoto de rã (RR); b) rã à milanesa (RM); c) rã ao catupiry (RC); e d) moqueca de rã (MR). Foi empregado o teste de intenção de consumo, estruturado em escala de atitude, estruturada em nove pontos, representados por: (9) Comeria sempre que tivesse oportunidade; (8) Comeria muito frequentemente; (7) Comeria frequentemente; (6) Gostei e comeria de vez em quando; (5) Comeria se estivesse acessível, não me esforçaria para consegui-lo; (4) Não gostei, mas comeria ocasionalmente; (3) Raramente comeria; (2) Só comeria se não pudesse escolher outro alimento; e (1) Só comeria se fosse forçado. Os avaliadores receberam uma ficha contendo a escala e em seguida as amostras foram oferecidas em cabines individuais, de forma monádica, codificadas com dígitos de três números aleatórios. Foi oferecido um copo d'água para enxágue bucal e tanto a RC, como a MR, foram acompanhadas de uma torrada à base de arroz, que serviu como veículo. O prato com maior aceitação foi a RM, com média igual a 8,02, seguida da RC com média de 7,78, do RR com média de 6,62 e da MR com média de 6,08. As médias da RM e da RC não diferiram entre si e ambas apresentaram diferença significativa (p>0,05) em relação ao RR e à MR. O RR também apresentou diferença significativa em relação à MR. No geral, todos os pratos foram bem avaliados, por mais que apresentassem diferença significativa entre as médias. Esses resultados mostraram que a diversificação de pratos à base de carne de rã pode ser uma interessante alternativa quando se pensa na expansão do mercado comprador e consumidor deste produto.

Palavras-chave: Tecnologia do Pescado, Análise Sensorial, Ranicultura