RESUMO

A pectina consiste em um grupo de polissacarídeos, que contém ácido galacturônico, em uma combinação com celulose, hemicelulose e lignina. Está presente nas paredes celulares vegetais como material intracelular de cimentação, conferindo aparência característica dos frutos gelatinosos e frios. Pectinas são úteis na indústria alimentícia devido ao seu alto poder de geleificação, com a finalidade de obtenção de um produto final mais uniforme ou na elaboração de produtos com frutas em suspensão, favorecendo a aceitação pelos consumidores. O presente trabalho objetiva avaliar a eficiência da obtenção de pectina a partir de caqui "Fuyu", proveniente de Banco de Alimentos, por meio dos métodos de extração ácida e enzimática. Os métodos de extração foram realizados separadamente com amostras da polpa e de resíduos (cascas e sementes), que foram liofilizadas e desidratadas, respectivamente. O maior rendimento de pectina obtido foi através da extração enzimática (40,39g/100g de amostra), e a variação do rendimento entre os diferentes tipos de amostras deste método explicita que o resíduo desidratado sobressai às demais, resultando em uma quantidade de pectina até 14 vezes maior se comparada à amostra de polpa congelada (2,91g/100g de amostra). Em comparação ao método de extração ácida, o resíduo desidratado também foi a amostra de maior rendimento (13,37g/100g de amostra), porém através da extração enzimática o rendimento é ainda 3 vezes maior. Evidenciando assim o conceito de viabilidade ecológica, pois além de o método empregado para extração não produzir resíduos poluentes ao meio ambiente, a utilização de casca e sementes como matéria-prima garante o aproveitamento de materiais que seriam destinados ao descarte.

Palavras-chave: Caqui Fuyu, Pectina, Extração Enzimática