RESUMO

O objetivo geral do trabalho foi avaliar o comportamento alimentar de tilápia por meio de um sistema de vídeo-imagem, frente a um manejo alimentar diferenciado com altas frequências de alimentação utilizando alimentadores automáticos. A fase experimental 1 do projeto foi executada na Unesp – Botucatu, no setor de Aquicultura da FMVZ, durante o período de janeiro 2010 á fevereiro de 2010. Foram utilizadas pós-larvas de tilápia acondicionadas em 24 hapas (tanques-rede), com densidade de 2 larvas por litro, durante 28 dias de cultivo submetidas a quatro frequências alimentares (24, 32 ,48 e 96 vezes) oferecidas durante o dia e noite, com utilização de alimentadores automáticos. Dois sistemas de filmagem com duas câmeras infravermelha dispostas em um flutuador eram responsáveis pelas imagens diárias de cada repetição dos tratamentos, gravadas e monitorados no laboratório. As imagens gravadas digitalmente durante a fase experimental 1 foram analisadas no LEPI – Laboratório de Ecologia, Pesca e Ictiologia da UFPRcampus Palotina. Um total de 672 horas de gravação, durante 28 dias de experimentação foram analisadas para quantificar a densidade e motilidade (velocidade) dos peixes, através critérios pré-estabelecidos. O delineamento experimental inteiramente casualizado, em um esquema fatorial 4x3x2, quatro frequências de alimentação, três períodos (antes, durante e depois) à alimentação e dois turnos (vespertino/noturno e noturno/matutino) período noturno com três repetições cada. Para a comparação dos parâmetros avaliados foi utilizado à análise de variância (ANOVA), e o teste de Tukey para identificação das diferenças entre os tratamentos. Os resultados de densidade média e motilidade (velocidade) média apresentaram diferenças significativas na interação frequência alimentar versus turno (F=5,9; p<0,05 e F=2,8; p<0,05) respectivamente. Apresentou maior diferença significativa entre a menor frequência 24 vezes em comparação a maior 96 vezes de alimentação, independente o turno analisado, este padrão foi mais acentuado na motilidade (velocidade) onde ocorreu redução conforme o aumento da frequência. A redução da densidade e motilidade entre os turnos ficaram evidenciada independente a frequência, atividade maior no turno vespertino/noturno em comparação a noturno/matutino. Concluímos que altas frequências alimentares tem influência no comportamento alimentar das tilápias, demonstrando que a maior frequência de alimentação propiciou aos peixes uma maior disponibilidade de alimento, reduzindo a densidade e motilidade das tilápias próximas aos alimentadores.

Palavras-chave: Comportamento Alimentar, Tilápia, Alimentadores Automáticos