RESUMO

A osteocondrose (OC) é uma doença não infecciosa no processo de ossificação endocondral, provocando espessamento da cartilagem e necrose das camadas basais, predispondo ao desenvolvimento de doenças articulares e fraturas. Esta doença é multifatorial, destaca-se como desencadeantes os fatores genéticos, nutricionais, de manejo e ambientais. A espécie suína é a mais afetada por esta doença, gerando perdas em animais de engorda e em reprodutores. Geralmente não ocorre a manifestação de sinais clínicos pelos animais, sendo apenas detectadas as lesões da OC após abate. O objetivo deste trabalho foi determinar a frequência e a gravidade das lesões de osteocondrose que afetam suínos em idade de abate. O estudo foi realizado em um abatedouro, que recebe animais provenientes de granjas de suínos da região Oeste do Paraná. Após o abate dos animais, coletou-se aleatoriamente 809 úmeros direitos e esquerdos, os quais foram analisados macroscopicamente para identificar lesões de osteocondrose e classificá-las em escala 1-4 (Grau 1 – sem lesões; Grau 2 – cicatriz na cartilagem; Grau 3 – dobra e/ou espessamento da cartilagem; Grau 4 – espessamento de cartilagem com formação de aba ou ulcera). Observou-se frequência de 29,17% da doença, sendo que ambos membros são afetados nas mesmas proporções. As lesões mais prevalentes foram as classificadas por grau 3, correspondendo 16,81% das amostras analisadas. Os graus de 2 e 4 apresentaram uma frequência de 5,56% e 6,80%, respectivamente. Estes dados demonstram que a frequência de lesões de osteocondrose em leitões em idade de abate é alta, sendo esperado a interferência destas lesões no bem estar dos animais e no desempenho zootécnico dos mesmos. Contanto, necessita-se de novos estudos para quantificar os prejuízos econômicos causados pela osteocondrose, e medidas preventivas para evitar a sua ocorrência.

Palavras-chave: Osteocondrose, Monitoria de Ostecondrose, Suíno