MONITORIA DE LESÕES DE CASCO E DE CLAUDICAÇÃO EM PORCAS

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Aluno de Iniciação Científica: Angelica de Paula Teixeira (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)

Orientador: Geraldo Camilo Alberton

Colaborador: Antônio Kramer e Angélica Schmeing

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50503006


RESUMO

Na suinocultura tecnificada as lesões nos cascos das matrizes são muito frequentes, provocando diminuição da qualidade de vida dos animais, queda dos parâmetros zootécnicos e descarte precoce. Embora esses distúrbios sejam altamente prevalentes, no Brasil, não existe uma rotina padronizada de monitoria destas lesões. Diante disso, o objetivo deste estudo é conhecer a prevalência e a gravidade das lesões que acometem os cascos de matrizes em granjas comerciais. O estudo foi realizado em 25 granjas, com plantel variando de 190 a 5346 matrizes, localizadas nos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. As monitorias foram feitas na sala de maternidade e na gestação, para investigação das lesões de casco e claudicação, respectivamente. Em cada granja visitada foi feita uma amostragem de aproximadamente 10% do plantel para classificação das lesões e 20% para claudicação. As avaliações das lesões foram realizadas na maternidade no momento em que as porcas estavam deitadas nas gaiolas. Foram avaliadas sete tipos de lesões: crescimento excessivo da almofada plantar, rachadura da junção sola/almofada plantar, linha branca, rachadura vertical e/ou horizontal da parede do casco e crescimento excessivo de unha e sobre-unha. Estas lesões foram classificadas em 3 graus de lesões (1-discreta, 2-moderada, 3-grave). A avaliação da claudicação foi realizada logo após o arraçoamento, na sala de gestação, atribuindo-se graus de 0 (zero) a 3 (três), conforme sua gravidade. O grau zero corresponde a uma porca que não apresenta claudicação, 1 para as que demonstram leve alternância de apoio dos membros e, 3 para porcas que relutam em se levantar e quando em estação tem dificuldade de apoiar o membro comprometido. Foi encontrada uma média de 61% de claudicação entre as porcas avaliadas, variando de 34 a 81%. As lesões de casco mostraram uma prevalência ainda maior, variando de 92 a 100%, tendo uma média de 99%. A lesão mais frequente foi a de crescimento excessivo da almofada plantar, seguida pela de linha branca, sendo estas ainda as lesões mais graves encontradas, obtendo um índice maior que 70% das lesões de grau 3. Os dados estatísticos foram baseados na maior lesão encontrada comparando-se os dois membros. Das 1659 porcas avaliadas, 1641 (98,9%) apresentavam pelo menos um tipo de lesão no casco. Estes resultados demonstram que os problemas locomotores são altamente prevalentes na suinocultura tecnificada.

Palavras-chave: Suíno, Lesão de Casco, Claudicação