RESUMO

O diagnóstico da diarréia infecciosa na rotina clinica veterinária tem um importante papel devido a variedade de patógenos, somado a presença de sinais clínicos inespecíficos. A partir da detecção de um patógeno ou co-infeções, é possível estabelecer o tratamento específico para o (s) agentes(s) em questão. Clostridium perfringens é uma bactéria muito difundida, que habita o trato gastrintestinal humano e animal, assim como ambientes terrestres e marinhos. A presença de C. perfringens pode ser detectada em cães assintomáticos, onde a quantificação das toxinas produzidas pode ser usada como marcador diagnóstico para a associação da diarreia e presença do agente. O objetivo do trabalho é relacionar à quantidade de C. perfringens Enterotoxina A (CPEA) com diarreia em cães. As amostras fecais foram provenientes da rotina de um hospital particular de Curitiba, sendo 104 amostras diarreicas e 43 amostras controle (não-diarreicas). Resultados parciais: a detecção das toxinas foram realizadas através de PCR em tempo-real. O C. perfringens Enterotoxina A foi mais prevalente nos cães com diarreia, onde foi detectado em 40/104 (38,5%) amostras diarreicas e 6/43 (14%) amostras controle. O papel da CPEA como agente responsável pela diarreia tem sido muito discutido, pois frequentemente é detectado em animais com e sem diarreia conforme observado neste estudo. Quando utilizado o ponto de corte determinado pelo PCR em tempo-real, para a quantificação do DNA do gene da toxina, espera-se que o gene da alfa-toxina seja significativamente associado com diarreia. Desta forma, hipotetiza-se que a quantificação de C. perfringens Enterotoxina A possa ser utilizada como parâmetro para avaliar este agente como causador ou não da diarréia, visto que o mesmo pode estar associado com outros agentes também apontados como potenciais causadores de diarréia, dificultando a interpretação do diagnóstico e escolha de tratamento.

Palavras-chave: Toxinas, Parâmetro, Clostridium perfringens