MASTITE BOVINA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: PREVALÊNCIA, FATORES DE RISCO E AGENTES ETIOLÓGICOS DETERMINANTES.
0932
evinci/resumo_0932.html
Aluno de Iniciação Científica: Thais Maiara Lovera (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)
Orientador: Geane Maciel Pagliosa
Colaborador: Edna Teresa Lima
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 50500007
RESUMO
A mastite bovina é causada principalmente por agentes etiológicos bacterianos, sendo responsável pela queda na produção e qualidade do leite. O objetivo da presente pesquisa foi determinar os agentes etiológicos e os fatores de risco relacionados a mastite no Oeste do Paraná. Para a determinação dos agentes etiológicos foram utilizadas 136 amostras de leite com reação ao teste CMT (Califórnia Mastitis Test) provenientes de 11 propriedades dos municípios de Marechal Candido Rondon, Nova Santa Rosa e Toledo. O leite foi semeado em placas de Petri contendo ágar sangue de carneiro a 5% e mantido em estufa a temperatura de 37ºC. Após 48 horas de incubação, as colônias isoladas foram coradas pelo método de Gram em esfregaço para verificação da morfologia e coloração do microorganismo. Os cocos gram-positivos foram diferenciados pelo teste da catalase nos gêneros Streptococcus e Staphylococcus. Para as bactérias do gênero Staphylococcus foi empregado o teste da coagulase para diferenciação em coagulase positivo (Staphylococcus aureus, S. intermedius e S. hyicus) e coagulase-negativo (S. chromogenes, S. simulans, S. warneri, S. haemolyticus). Foi utilizado o teste da aglutinação para diferenciação do S. aureus dos outros coagulase-positivos. Para diferenciação do S. agalactiae, foram realizados os testes de reação de CAMP (positiva) e hidrólise de esculina (negativa). Para correlacionar os fatores de risco, foram utilizados dados obtidos das propriedades referentes ao exame clínico individual das vacas, aos procedimentos de manejo e cuidados higiênicos durante a ordenha e à higiene e idade do equipamento de ordenha. A análise microbiológica isolou Staphylococcus aureus em 57,4%, Escherichia coli em 16,9% e Streptococcus agalactiae em 5,2% das amostras. A resistência bacteriana ocorreu para penicilina G, ampilicina e cefalexina. Os fatores de risco relacionados e coeficientes de correlação (odds-ratio OR) correspondentes foram: ordenhadeira desregulada (2,10); sobreordenha (1,95); não desprezo dos três primeiros jatos de leite antes da ordenha (1,75); uso de panos coletivos na higienização dos tetos e úbere (1,54); claudicação (1,43) altura de úbere abaixo do jarrete (1,32) e fase de lactação (0,98). Segundo a metodologia empregada nessa pesquisa, concluiu-se que a prevalência de micro-organismos de mastite contagiosa é alta e que, entre os fatores de risco mais correlacionados, está o manejo de ordenha inadequado e ordenhadeiras mecânicas desreguladas.
Palavras-chave: Mastite, Fatores Risco, Prevalência