AVALIAÇÃO SOROLÓGICA PARA TOXOPLASMA GONDII E NEOSPORA CANINUM NOS AOUDADS DO ZOOLÓGICO DE CURITIBA/PR
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Aluno de Iniciação Científica: Maysa Pellizzaro (PIBIC/CNPq)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)
Orientador: Alexander Welker Biondo
Co-Orientador: Ivan Roque de Barros Filho
Colaborador: Vivien Midori Morikawa
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50500007
RESUMO
Aoudads (Ammotragus lervia) são ruminantes originários do norte da África, com risco de extinção em ambiente natural, pertencentes a mesma sub-família de cabras e ovelhas. O objetivo deste estudo foi avaliar a sanidade dos aoudads, avaliando a infecção para Toxoplasma gondii e Neospora caninum nos animais do zoológico de Curitiba. Utilizando apenas contenção física, realizou-se a coleta de sangue dos 17 aoudads que vivem no zoológico de Curitiba, cuja alíquota de soro foi enviada ao Instituto Biológico, do Estado de São Paulo, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, que através da reação de imunofluorescência indireta, analisou a infecção pelos protozoários Toxoplasma gondii e Neospora caninum. Dos 17 soros analisados, 4 (23,52%) animais foram positivos para Toxoplasma gondii. Há somente um estudo anterior de pesquisa deste protozoário em aoudad que encontrou 10% (1/10) de infecção. Qualquer animal de sangue quente pode ser hospedeiro intermediário de T. gondii, incluindo os aoudads. Os fatores de risco para infecção são principalmente a presença de felinos na área, as condições climáticas com bastante sombra e umidade, ambas encontradas no Zoológico de Curitiba. Com relação a infecção por Neospora caninum, 23,52% (4/17) dos animais foram positivos, e o único estudo realizado anteriormente mostrou que 7,69% (1/13) dos aoudads foram reagentes. Acredita-se que a infecção ocorra pela ingestão de oocistos eliminados por cães domésticos e silvestres da região, mas não foi possível estabelecer essa relação no presente estudo. Trabalhos realizados com cabras e ovelhas no Brasil mostram que esses animais são suscetíveis aos protozoários, ocorrendo problemas reprodutivos na maioria dos casos, que não fazem parte do histórico reprodutivo dos aoudads do Zoológico de Curitiba. Porém, nenhum trabalho com pequenos ruminantes domésticos mostrou associação significativa entre presença de gatos e cães em propriedades e a ocorrência de infecção por T. gondii e N. caninum, respectivamente. Com isso conclui-se que há maior necessidade de monitoramento periódico dos animais no zoológico de Curitiba, independente do estresse que possa gerar, pois um dos objtivos é a preservação de espécies. Além disso, é necessário restringir o acesso de outros animais aos recintos, pois além de comprometer o saúde dos animais mantidos no zoológico, muitas doenças tratam-se de zoonoses e oferecem risco aos tratadores, técnicos e mesmo visitantes.
Palavras-chave: Preservação, Zoonoses, Zoológico