PERCEPÇÃO DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS EM RELAÇÃO A SUAS HABILIDADES CLÍNICAS AO INGRESSAREM NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA

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Aluno de Iniciação Científica: Gabriela Marin van der Broocke Campos (Pesquisa voluntária)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Simone Tostes de Oliveira Stedile

Colaborador: Rafael Stedile, Karynn Vieira Capilé

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50500007


RESUMO

Apesar dos programas de residência em Medicina Veterinária visarem o treinamento em serviço, pouco se conhece sobre quais habilidades clínicas os profissionais possuem ao ingressarem e quais deverão ser adquiridas durante o programa. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo identificar as habilidades clínicas de profissionais ao ingressarem nos programas de Residência em Medicina Veterinária. Para tanto, foi elaborado um questionário contendo 89 questões sobre o quesito habilidade em procedimentos clínicos de pequenos e de grandes animais, 1 questão sobre experiência profissional prévia ou não e 1 questão sobre a utilidade de métodos alternativos ao uso de animais vivos no aprendizado de habilidades clínicas. As habilidades foram classificadas como "completamente adquirida" (apto a realizá-la), "parcialmente adquirida" (parcialmente apto), "não adquirida" (não apto). Como dados preliminares da pesquisa, foi aplicado o questionário a 39 residentes de uma universidade federal, sendo que 32 questionários foram respondidos. Das 89 habilidades, os residentes se consideraram aptos em média de 19,6+10,2 das habilidades ao ingressarem na residência. Os procedimentos com maior frequência (>70%) de resposta de "aptos", incluíram avaliação de dor e administração de medicamentos, tanto por via oral, subcutânea, intramuscular ou oftálmica. Em 12 quesitos ninguém se sentiu completamente apto, e em 39 menos de 10% se sentiram aptos. Os residentes se consideraram não aptos em média de 36,1+13,6 das habilidades, incluindo principalmente procedimentos em sistema respiratório, tanto em pequenos quanto em grandes animais (lavados traqueal e broncoalveolar, colocação de dreno torácico), sondagem urinária nas fêmeas de várias espécies, artrocentese em pequenos e grandes animais, exame locomotor em equinos, colocação de tubo de faringostomia e de gastrostomia em pequenos animais. Observou-se que 59,3% dos residentes não apresentavam experiência profissional prévia, porém, a média de habilidades adquiridas não diferiu estatisticamente entre os com e sem experiência prévia. Sobre a utilidade de métodos alternativos ao uso de animais vivos, 87,1% responderam que acreditam que estes auxiliam no aprendizado de habilidades clínicas. Através das informações obtidas espera-se detectar possíveis falhas de ensino na graduação e embasar os hospitais veterinários para que planejem programas de treinamento que possam sanar tais deficiências precocemente.

Palavras-chave: Aprendizado, Questionário, Residentes