RESUMO

O experimento foi realizado no Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da Universidade Federal do Paraná (LAPOC/UFPR), situado no Centro de Estações Experimentais do Cangüiri (CEEx). Objetivou-se a análise do custo do cordeiro produzido a partir de dois protocolos hormonais (curto de 6 dias; longo de 12 dias) de indução e sincronização de estro com utilização de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) via cervical ou intrauterina por laparoscopia. Foram realizados dois experimentos: A) março/2011 (estação reprodutiva) com 29 borregas submetidas a protocolo curto (n=15) e longo (n=14) e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia com sêmen descongelado; B) outubro/2011 (contra estação reprodutiva) com 37 borregas submetidas a protocolo curto (n=20) e longo (n=17) e inseminadas em tempo fixo por via cervical superficial com sêmen fresco diluído. Não houve diferença estatística (P>0,05) na taxa de prenhez das borregas, para nenhum dos protocolos nos dois experimentos. Entretanto, houve diferença no custo total do cordeiro produzido entre os protocolos hormonais e técnicas de inseminação, sendo o de menor custo encontrado para o protocolo hormonal de 6 dias (curto) e para as técnicas cervical superficial (R$ 77,33) e intrauterina (R$ 141,42), quando comparado ao protocolo hormonal de 12 dias (longo) para as técnicas cervical superficial (R$ 157,82) e intrauterina (R$ 230,92). Os componentes mais expressivos no custo total de produção dos cordeiros foram mão de obra e medicamentos para sincronização, representando 50,7%, 27,9% e 44,1%, 39,7%, respectivamente para as técnicas intrauterina e cervical superficial. O protocolo hormonal curto associado à inseminação artificial cervical com sêmen fresco diluído proporcionou o menor custo por cordeiro produzido. A mão de obra e os medicamentos de sincronização de estro são os componentes de custo mais relevantes na aplicação das biotecnologias reprodutivas em rebanhos de ovinos comerciais.

Palavras-chave: Inseminação Cervical, Laparoscopia, Sêmen