CAPACIDADE TAMPONANTE DE ALIMENTO PARA LEITÕES

0900

Aluno de Iniciação Científica: Rafaela Salete Kochinski (IC-Voluntária)

Curso: Zootecnia (MT)

Orientador: Marson Bruck Warpechowski

Colaborador: Joseane Crystina Costa Rego, Juahil Martins de Oliveira Junior,

Departamento: ZootecniaMarina Lima de Souza

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50403001


RESUMO

Na indústria suinícola, o desmame ocorre, em média, aos 21 dias de idade, quando o sistema gastrointestinal ainda está imaturo. Essa fase é complicada devido a mudança na alimentação e menor secreção de HCl no estômago, não permitindo a redução do pH, afetando a digestibilidade dos animais. Há alternativas como a adição de acidificantes nas dietas e para isso, é importante conhecer a capacidade tamponante (CT) dos alimentos, a qual influencia na oscilação do pH durante os processos nutricionais no trato digestório. Há vários métodos para determinar a capacidade tamponante, como a taxa linear de tamponamento (TLT), desenvolvida na UFPR, onde a faixa de pH avaliado é fixada entre 8,0 e 2,0 e a b-value (B5), definida como a quantidade de HCl necessário para acidificar um Kg de alimento até o pH 5,0. Nesse trabalho foram comparadas estas metodologias, sendo realizadas análises de B5 e TLT em 6 dietas, cada uma com diferentes níveis de acidificante, utilizadas em um experimento realizado nas dependências da UFPR, em 2012. Na determinação da TLT, utiliza-se 0,5 gramas da amostra em solução aquosa, elevando-a até o pH 8,0 e, em seguida, titula-se com HCl até o pH 2,0. A linearização das curvas é obtida pela transformação dos dados de pH, a TLT é calculada como o inverso da inclinação da regressão linear obtida entre os dados linearizados de pH e a quantidade adicionada de ácido. A B5 é feita a partir da titulação até o pH 5,0 de 10 gramas de amostra em 90 ml de água destilada, até a solução manter o pH estável por 15 minutos. Espera-se saber qual o método mais eficaz relacionando com a praticidade de execução das técnicas laboratoriais. A TLT mostra-se mais confiável, já que é feita dentro da faixa de pH fisiológico do trato gastrointestinal e foi satisfatória para expressar os efeitos "in vitro". As análises não possuem tempo estimado de duração, pois dependem da capacidade tamponante de cada ingrediente, mas, em alguns casos a TLT, onde se gasta, em média, 1 hora, é mais rápida. A mesma, além de demonstrar maior aditividade, sem alterar a classificação do ingrediente quanto a CT, pode ser feita em qualquer ingrediente. Já as análises de B5 em minerais como o calcário, são difíceis devido a alta capacidade tamponante dos mesmos e do modo como a técnica está escrita no protocolo, seria gasto um tempo indeterminado pelo fato de precisar permanecer na faixa de pH 5,0 por 15 minutos. Há uma variação na precisão das análises, por isso são feitas replicatas e pode haver erro experimental, um fator que interfere é que na B5 usam-se 10g de amostra e na TLT, 0,5g.

Palavras-chave: Taxa Linear de Tamponamento, b-value, Suínos