RESUMO

Os incêndios florestais têm causado vários efeitos sobre a vegetação, ar, solo, fauna, entre outros, inclusive nos parques estaduais, onde sua ocorrência não deveria existir ou ser rara. Os parques são uma das categorias de unidades de conservação que pertencem ao grupo de proteção integral, os quais apresentam importância ecológica e paisagens naturais. Visam proteger as espécies ameaçadas de extinção, proporcionar meios e incentivos à realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico, dentre outros objetivos apresentados na Lei n° 9.985, de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). A melhor forma de minimizar os efeitos causados pelos incêndios florestais é por meio da prevenção das fontes de fogo e da sua propagação, bem como através de um combate eficaz ao incêndio que não foi possível prevenir. Neste trabalho foi realizado um diagnóstico dos 34 parques estaduais do Paraná, por meio de um formulário enviado aos gestores. Foram abordados aspectos sobre a área, uso público, administração, infraestrutura, medidas de prevenção e combate aos incêndios e equipamentos. Com os dados preliminares obtidos de 17 parques estaduais, pode-se observar que a maioria dos parques cumpre com os objetivos apontados pelo SNUC, porém há parques que não atentem a estes, dentre eles estão o Parque Estadual de Palmas, o Parque Estadual de Caxambu e o Parque Estadual do Penhasco Verde. Atualmente estes se encontram fechados à visitação devido à falta de funcionários e infraestrutura, necessitam da elaboração ou revisão do plano de manejo, não há realização de atividades de educação ambiental e, destes, somente no Parque Estadual do Caxambu são realizadas pesquisas frequentemente. Com relação à prevenção e combate aos incêndios, aproximadamente 65% dos parques apresentam registro de ocorrência de incêndios e 47% apresentam um plano de prevenção aos incêndios florestais. Em 53% dos parques há capacitação ou treinamento dos brigadistas para avaliação do fogo e táticas de combate, porém, em 70% dos parques não há número suficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ferramentas e equipamentos de combate. De um modo geral, os parques avaliados carecem de planos, equipamentos e capacitação voltados à prevenção e combate aos incêndios florestais, além de um banco de dados de registros de ocorrência de incêndios nas unidades, preenchido de forma padronizada e confiável.

Palavras-chave: Parques Estaduais, Incêndios Florestais, Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)