RESUMO

A resina de Pinus, obtida por resinagem principalmente da espécie Pinnus Eliotti, permite a obtenção de breu e terebintina, utilizados nas indústrias de tintas, vernizes, borrachas e adesivos. Pequenos e médios proprietários florestais podem se beneficiar do processo de resinagem em suas propriedades e agregar valor à resina através da obtenção de breu e terebintina em mini-destilarias. Para o processamento da resina, uma das partes fundamentais do projeto é realizar a escolha adequada dos materiais para construção dos equipamentos e das tubulações, evitando danos ou acidentes quando a unidade estiver em funcionamento e a escolha de materiais econômicos. Selecionar um material pode ser tanto escolher um material já existente que atenda as especificações do projeto, quanto fabricar um novo material, escolhendo a composição e o modo de conformação desse novo material, para o caso de exigências novas e mais específicas do processo químico ou físico em questão. Neste trabalho foi realizou-se a análise das substâncias químicas presentes no processo, bem como as interações e possíveis reações existentes entre elas. A resina é um metabólito produzido por árvores como mecanismo de defesa e sua constituição principal é de ácidos resínicos. É um líquido viscoso, inflamável, apresenta forte odor e foi acrescida de ácido sulfúrico durante o processo de resinagem em campo. O processo consiste em seguidas filtrações para remover impurezas sólidas, remoção de compostos ferrosos por precipitação com ácido fosfórico, diluição em terebentina, para diminuição da viscosidade e destilação por arraste a vapor, originando a terebentina, líquido de consistência oleosa e inflamável, e o breu, um sólido frágil, friável e bastante inflamável. Uma das principais preocupações quanto ao material empregado na planta de processamento está no fato de que praticamente todo processo ocorre com temperaturas entre 80 e 160oC e na presença dos ácidos sulfúrico e fosfórico. Com a presença de linhas aquecidas, faz-se necessária a presença de isolamento térmico e materiais isolantes para que os operadores das mini-destilarias sofram acidentes de trabalho. O material das tubulações e equipamentos deve adequar-se às viscosidades mais elevadas da resina, evitando a corrosão química e a corrosão-erosão. Outra preocupação é o armazenamento de breu e terebentina, que deve atentar para evitar a inflamabilidade característica dos componentes. Este estudo resultou numa escolha adequada e econômica para o dimensionamento do material dos equipamentos e tubulações do projeto de minidestilarias.

Palavras-chave: Seleção de Materiais, Resina de Pinus, Equipamentos e Tubulações