DISCRIMINAÇÃO DE CRIPTOMÉRIA POR INFRAVERMELHO

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Aluno de Iniciação Científica: André Simon (Bolsista permanência)

Curso: Engenharia Industrial Madeireira (MT)

Orientador: Silvana Nisgoski

Co-Orientador: Graciela Inés Bolzon de Muñiz

Colaborador: Paulo Gomes de Aviz, Rayra Flávia Grando Borzi,

Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal

Setor: Setor de Ciências AgráriasLetícia da Silva Soler

Área de Conhecimento: 50204017


RESUMO

A criptoméria (Cryptomeria japonica (L. F.) D. Don.) é uma gimnosperma pertencente à família Taxodiaceae, originária de regiões temperadas do Japão e China, de altitudes entre 600 m e 1.800 m. Ocorre em regiões caracterizadas por invernos frios e verões moderadamente quentes, com pluviosidade elevada (mais de 2 mil mm ao ano), onde a temperatura média do verão não ultrapassa 20 ºC. A espécie tem potencial para produção de madeira de alta qualidade para processamento mecânico na fabricação de lâminas, chapas e peças serradas para construção de casas, móveis, embalagens e barcos, bem como para a fabricação de papel e celulose. Dependendo da procedência das sementes, a madeira apresenta um melhor desenvolvimento nas regiões altas e frias do Brasil, sendo necessários estudos sobre a viabilidade de implantação de povoamentos desta espécie. Pelo exposto acima, neste estudo foram analisadas folha e madeira de seis procedências de criptoméria, plantadas na fazenda experimental da Universidade Federal do Paraná, na região de Rio Negro, no estado do Paraná. Cinco procedências são oriundas do Japão, das cidades de Myagi, Toyama, Shimane, Akita e Nara, e uma do Brasil, da cidade de Camanducaia, no extremo sul do estado de Minas Gerais. Foram coletadas 40 espectros de infravermelho próximo da madeira e folha de cada procedência, em equipamento Tensor 37 da Bruker, operando na faixa de 4000 a 10000cm-1. Foi efetuada a análise de componentes principais (PCA) e a classificação SIMCA no software Unscrambler 10 ®. Todas as procedências apresentam espectro correspondente a material lignocelulósico, com pequenas diferenças, resultado da composição química do material. Foi necessária a utilização de tratamentos matemáticos como correção da linha base, segunda derivada e diminuição de ruído para análise dos dados de cada amostra. O infravermelho próximo pode ser usado na discriminação das diferentes procedências de criptoméria, analisando as folhas e a madeira.

Palavras-chave: Criptoméria, Infravermelho Próximo, Discriminação de Espécies