ANATOMIA DO LENHO CARBONIZADO DE ESPÉCIES FLORESTAIS
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Aluno de Iniciação Científica: Francielli Rodrigues Ribeiro Batista (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira (N)
Orientador: Graciela Inés Bolzon de Muñiz
Co-Orientador: Silvana Nisgoski
Colaborador: Richard Eduard Mölleken,
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Setor de Ciências AgráriasFelipe Strapasson Lazzarotto, Alexandre Melnic Bliharski
Área de Conhecimento: 50204009
RESUMO
A carbonização de espécies nativas tem aumentado em função da escassez de matéria prima ou como um meio de burlar a fiscalização. As espécies Byrsonima spicata (Cav.) DC. (Malpighiaceae), Calophyllum brasiliense Cambess. (Guttiferae), Cecropia sciadophylla Mart. (Cecropiaceae), Cochlospermum orinocense (H.B.K.) Steud. (Cochlospermaceae), Schefflera morototoni (Aubl.) Decne. & Planch. (Araliaceae) foram provenientes do município de Nova Maringá, estado do Mato Grosso. As árvores foram abatidas em povoamentos naturais, sendo extraídos discos na região do diâmetro à altura do peito (DAP), com espessura em torno de 8 cm. As amostras para análise foram retiradas com dimensões de 2x2x5 cm, em número de oito para cada espécie, orientadas nos três planos anatômicos, recobertas por papel alumínio e carbonizadas em forno mufla, em regime de rampas e temperatura máxima de 450 °C, totalizando 7 horas. A descrição dos elementos anatômicos constituintes do carvão seguiu as orientações da IAWA (1989) e Muñiz e Coradin (1991). Foram obtidas 25 leituras referentes à frequência e o diâmetro tangencial de vasos, frequência, altura e largura dos raios em micrometros. As ilustrações da distribuição geral das células no plano transversal foram obtidas em Estereomicroscópico Discovery 12, da Zeiss e o detalhamento foi observado diretamente do material maciço, sem preparação, por microscopia eletrônica de varredura (MEV), utilizando-se o equipamento TM-1000 da Hitachi. A frequência de poros por milímetro quadrado aumentou em todas as espécies analisadas e a largura dos raios foi o parâmetro que menos variou. As características anatômicas da madeira e do lenho carbonizado são compatíveis, sendo possível a identificação do carvão das espécies com base nas estruturas componentes. O diferente comportamento dimensional entre as espécies, para um mesmo processo de carbonização, é resultado da variação da espessura da parede das fibras e disposição do parênquima axial.
Palavras-chave: Carvão Vegetal, Caracteristicas Anatômicas da Madeira, Carbonização