RESUMO

É necessário reduzir a dependência por combustíveis fósseis a fim de diminuir as emissões de gás carbônico na atmosfera e minimizar o efeito estufa, que causa o aquecimento global, provocando alterações climáticas. A utilização do etanol obtido de culturas renováveis já é uma opção de combustível limpo. O etanol produzido a partir da madeira não é uma tecnologia recente, sendo utilizado há muitos anos para produzir energia. O Brasil domina a tecnologia da conversão da cana de açúcar em etanol, mas este concorre com a produção de alimentos. Existe também uma grande quantidade de resíduos gerados na produção do açúcar, entre outros vindos de processos industriais e agroflorestais. O objetivo deste trabalho é o de reunir informações sobre a produção de etanol ligno-celulósico no Brasil e no Mundo. Metodologicamente se utilizou dos princípios da análise diagnóstica associada à caracterização da cadeira produtiva do etanol. Conceitualmente, uma cadeia produtiva agroflorestal é composta por elos que englobariam as organizações supridoras de insumos básicos para a produção agrícola ou agroindustrial, as fazendas e agroindústrias com seus processos produtivos, as unidades de comercialização atacadista e varejista e os consumidores finais, todo conectados por fluxos de capital, materiais e de informação. Este trabalho se classifica como pesquisa aplicada com abordagem qualitativa, seguindo características de pesquisa exploratória e descritiva e assume a forma de pesquisa bibliográfica. Resultados apontam que os Estados Unidos estão na frente com as pesquisas sobre etanol ligno-celulósico, postos a produzir comercialmente. Outros países como Canadá, Suécia, Finlândia, Rússia e Japão também possuem algumas inciativas. No Brasil, a Petrobrás S.A. é a que mais investe em etanol a partir dos resíduos da cana-de-açúcar. Estes resíduos são a palha que sobra após a moagem da cana. O Governo brasileiro também tem investido recursos para aproveitamento de biomassa desde 2005 através das agências de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação. Apesar de o Brasil ter grande potencial para produzir etanol ligno-celulósico, devido ao grande volume de resíduos agroflorestais gerados, e a vasta área aproveitável para plantio de florestas para fins energéticos, faltam estudos mais profundos sobre a enzima necessária para o processo de fermentação, que impede que etanol ligno-celulósico seja produzido em escala comercial ainda, e assim concorrer com os Estados Unidos.

Palavras-chave: Produção de Etanol, Análise Diagnóstica, Cadeia Produtiva