VARIAÇÃO DE TEORES DE CARBONO ORGÂNICO EM DIFERENTES ESPECIES DE BAMBU
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Aluno de Iniciação Científica: Samuel Alves da Silva
Curso: Engenharia Florestal (MT)
Orientador: Ana Paula Dalla Corte
Co-Orientador: Carlos Roberto Sanquetta
Colaborador: Francelo Mognon
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50202006
RESUMO
A utilização de espécies de bambus para fins comerciais no Brasil está em ascensão. Sua versatilidade gera uma infinidade de produtos que podem ser aplicados desde na construção civil ou até mesmo ser consumido como fonte de alimento. No entanto, demais serviços ambientais são produzidos por essa planta, em destaque o sequestro de carbono, visando o mercado de Certificados de Emissão de Carbono, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi determinar os teores de carbono de seis espécies potenciais de bambu, em sua fase adulta, sendo: Guadua angustifolia Kunth, Guadua chacoensis (Rojas) Londoño e Peterson, Merostachys skvortzovii Sendulski, Dendrocalamus giganteus Munro, Bambusa oldhamii Munro e Bambusa vulgaris Schradex J.C. Wendl. Foram coletadas amostras dos compartimentos colmos superior e inferior, folhagens, rizomas e galhos, sendo 20 amostras de cada compartimento e 100 por espécie totalizando 600 amostras. Essas amostras foram secas, pesadas, moídas, e analisadas com o equipamento LECO, modelo C-144, que após a combustão das amostras a 1.000°C, apresenta a quantidade de carbono contida na mesma. Os resultados foram analisados estatisticamente onde foi observada uma média geral do teor de carbono de 41,95 %, um desvio padrão de 1,37 e uma covariância de 1,62%. Foi aplicado o teste de Bartlett, afim de observar a homogeneidade da variância, entre as amostras, sendo as mesmas submetidas ao teste de Tukey ao nível de 95% de probabilidade a fim de observar os teores significativamente diferentes. As espécies que apresentaram maiores teores de carbono e não apresentaram diferença significativa entre si foram: D. giganteus 42.7%, M. skvortzovii 42.6%, B. oldhamii 42.6%, B. vulgaris 42.5% e G. Angustifolia 42.2%. No entanto, a espécie G. chacoensis obteve média de 39.2%, sendo assim uma menor média de teor de carbono em comparação às outras cinco espécies, e comprovada a diferença significativa entre o seu teor de carbono com as demais. Conclui-se que esses resultados podem contribuir para com osprojetos de sequestro de carbono utilizando espécies de bambu, sendo esse um importante serviço ambiental.
Palavras-chave: Serviços Ambientais, MDL, Sequestro de Carbono