SOBREVIVÊNCIA DE CONDYLORRHIZA VESTIGIALIS (GUENÉE, 1854) (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE) EM CONTATO COM INSETICIDA DO GRUPO QUÍMICO: DIACILHIDRAZINA

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Aluno de Iniciação Científica: Mayara Antunes Iancheski (Bolsista permanência)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Nilton José Sousa

Co-Orientador: Eduardo Henrique Rezende

Colaborador: Marcelo Dias de Souza, Emly Ferreira Strujak.

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50201085


RESUMO

A espécie Condylorrhiza vestigiali, conhecida popularmente como mariposa do álamo é a principal praga das plantas do gênero Populus. Da qual em sua fase larval atacam as folhas do álamo reduzindo consideravelmente seu crescimento, tornando então o controle essencial. Sendo assim foi analisada a longevidade e postura da C. vestigialis submersa a um inseticida fisiológico. O estudo foi realizado no laboratório de Proteção Florestal da faculdade de Engenharia Florestal da UFPR. Foram utilizadas pupas fornecidas pela empresa Swedish Match Brasil S/A, e utilizado o inseticida fisiológico do grupo químico diacilhidrazina, diluído em água destilada nas dosagens recomendadas pela bula. Pupas da C. vestigialis foram submersas no inseticida em dois tempos de submersão, 30 e 60 segundos, e também houve submersão das pupas em água destilada para testemunha (controle) nos mesmos tempos, sendo armazenadas até sua eclosão. Após a eclosão foram transferidas para recipientes forrados com papel sulfite e telados com tecido voil, sendo adicionada uma dieta de água e mel, da qual foram trocados diariamente os papéis sulfite e a dieta, evitando contaminação. Foram montados seis tratamentos, da qual em cada recipiente foi colocado um casal de inseto, sendo um deles submerso em inseticida e outro em água (controle), distribuídos entre machos e fêmeas tratados com inseticida químico, nos dois tempos de submersão ao inseticida. Para situação controle foram montados casais distribuídos nos dois tempos de submersão. Foram avaliados a longevidade dos machos e fêmeas, bem como as posturas das fêmeas tratadas com parceiro não tratado e não tratadas tendo o parceiro tratado com inseticida. Observou-se que os machos tratados tiveram media de 4 dias de vida e as fêmeas tratadas tiveram média 4,8 dias de vida, já nas testemunhas os machos e fêmeas sobreviveram 10.5 e 10.75 respectivamente, sendo significativamente diferente. As fêmeas não tratadas tendo o parceiro tratado com inseticida a 30s ovipositaram uma média de 108 ovos, já quando tratados a 60s reduziu a postura para uma media de 18,6. Na situação que a fêmea tinha sido submetida ao inseticida, houve uma postura media de 35 ovos para ambos os tempos de imersão. Na situação controle as médias de ovos por dias foram 120 e 238 ovos para 30 e 60s, respectivamente, sendo significativamente superior aos demais tratamentos. Pôde se notar que as fêmeas tratadas apresentam alto nível de mortalidade, e um baixo nível de fertilidade, e os machos tratados a 30s fez com que as Fêmeas posturassem cinco vezes mais que os de 60s.

Palavras-chave: Mariposa-do-Álamo, Oviposição, Populos sp