AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO FOGO DE ESPÉCIES ARBÓREAS POTENCIAIS PARA USO EM CORTINA DE SEGURANÇA NA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
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Aluno de Iniciação Científica: Luiz Donizeti Casimiro Junior (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Florestal (MT)
Orientador: Antonio Carlos Batista
Co-Orientador: Alexandre França Tetto
Colaborador: Fellype Tessaro, Rafaela de Assunção, Cristiane Sater Melnik
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50201085
RESUMO
Dentre muitas causas que podem comprometer um plantio florestal, o incêndio é um dos mais destrutivos. Muitas medidas de prevenção contra incêndios podem ser tomadas, e uma delas é a cortina de segurança. Esta consiste no plantio de uma faixa de vegetação menos inflamável que a cultivada, em áreas estratégicas entre talhões ou divisas, de forma a retardar, ou até mesmo conter, a propagação do fogo em caso de incêndio. O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio do comportamento do fogo, a inflamabilidade de espécies arbóreas com características potenciais para uso em cortina de segurança. Espécies com características potenciais (perenifólia, folhas coriáceas, rápido crescimento) foram selecionadas e tiveram sua inflamabilidade avaliada por meio do comportamento do fogo quando a espécie entra em combustão. O comportamento do fogo é descrito por meio de três variáveis: altura de chama, velocidade de propagação do fogo e quantidade de material combustível consumido durante a combustão. A espécie Pinus taeda (pinus) foi utilizada como padrão de referência de comportamento do fogo, pois suas características são conhecidas e publicadas em bibliografia específica sobre tal tema, além de ser uma espécie extensamente cultivada em plantios florestais. Para se avaliar o comportamento do fogo das espécies selecionadas foram realizadas queimas controladas, tanto das espécies selecionadas quanto do pinus. Nestas queimas utilizou-se material combustível constituído de galhos e folhas com espessura menor que 7 mm, excluindo-se as folhas jovens e gemas apicais, secos em estufa por 48 horas a 75 °C. Este material foi queimado em parcelas de 1 kg/m², onde se mediu a velocidade de propagação do fogo e a altura de chama. Após as queimas, foram coletadas amostras de resíduo em uma parcela de 0,04 m². As espécies avaliadas foram Bougainvillea glabra (buganvile) e Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha). Ao se comparar os resultados das queimas de pinus com os das espécies avaliadas, observou-se que estas apresentaram valores significativamente menores de altura de chama, velocidade de propagação do fogo e quantidade de material consumido durante a combustão. Estes resultados levam à conclusão de que o buganvile e a aroeira-vermelha possuem menor inflamabilidade que o pinus, e são indicadas para a composição de cortinas de segurança. É importante ressaltar, porém, que outros testes para avaliação da inflamabilidade de espécies vegetais, como testes em epirradiador e calorímetro, são necessários para a confirmação completa da potencialidade destas espécies.
Palavras-chave: Combustíveis Florestais, Prevenção de Incêndios Florestais, Inflamabilidade