ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE MINIJARDIM CLONAL DE OCOTEA POROSA (NEES & MART.) BARROSO
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Aluno de Iniciação Científica: Thiago Wendling Gonçalves de Oliveira (IC-Voluntária)
Curso: Engenharia Florestal (MT)
Orientador: Antonio Rioyei Higa
Co-Orientador: Andrea Chizzotti Cusatis
Colaborador: Flavia Tussulini, Melrian Schetz, Sérgio Luis Haliski
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50201034
RESUMO
O Brasil apresenta 59,9% da sua área coberta com florestas naturais. Em 2009 estas produziram cerca de 70 milhões de metros cúbicos de madeira em tora para fins industriais e energéticos. Tal volume representa 28,5% do total de madeira nativa e plantada produzido naquele ano. Apesar do potencial brasileiro para o desenvolvimento da cadeia produtiva de madeira de espécies nativas são necessárias pesquisas quanto à silvicultura, melhoramento, manejo e tecnologia para que seu uso seja economicamente viável. A imbua (Ocotea porosa) é uma espécie nativa cujo crescimento registrou até 9,65 m3.ha-1.ano aos 8 anos em solos férteis, com madeira de alta durabilidade natural e uso nobre. Contudo, alguns fatores dificultam a sua propagação natural, como: baixa produção e germinação de sementes, degradação do seu habitat natural e a redução das matrizes levando a espécie à ameaça de extinção. Portanto, a propagação vegetativa dos genótipos remanescentes via minijardim clonal pode ser uma estratégia de conservação ex-situ, bem como, de uso da espécie. O presente trabalho está sendo conduzido no Laboratório de Genética e Melhoramento Florestal (LAMEF/UFPR) visando estudos em programa de melhoramento genético de O. porosa. O objetivo deste trabalho é apontar a melhor concentração de AIB (ácido indol-butírico), época do ano e uma possível interação entre os fatores no enraizamento de estacas de O. porosa. Cinquenta mudas de imbuia provenientes do viveiro do Instituto Ambiental do Paraná IAP foram plantadas em vasos de 8 litros preenchidos com substrato a base de casca de pinus compostada. As mudas do minijardim clonal estão sendo mantidas em estufa com sombrite 30%, irrigação por gotejamento duas vezes ao dia durante 4 minutos e semanalmente fertirrigação com macro e micronutrientes. O experimento com as estacas oriundas da poda do minijardim clonal será instalado em casa de vegetação, com temperatura e umidade semicontrolada. O delineamento será inteiramente casualizado em fatorial 5x4, sendo cinco níveis de AIB (testemunha, 500, 1500, 3000 e 6000 mg.L-1) com 10 plantas por parcelas, a serem instalados em julho, outubro, janeiro e abril. Serão mensuradas sobrevivência, altura e diâmetro a altura do colo das estacas enraizadas em tubetes aos 30, 60 e 90 dias. A analise estatística será realizada por meio de análise de variância e as médias das variáveis contínuas serão avaliadas pelo teste de Tukey. Acredita-se que este trabalho poderá contribuir para estabelecer metodologias apropriadas para o manejo de minijardim clonal e melhoramento genético de O. porosa.
Palavras-chave: Clonagem, Propagação Vegetativa, Imbuia