RESUMO

Aproximadamente 28% de 249 milhões de metros cúbicos de madeira em tora extraídos no Brasil são de origem de florestas nativas. O cultivo dessas espécies pode vir a ser economicamente viável contanto que haja informação quanto à silvicultura, manejo e tecnologia. Cedro rosa (Cedrela fissilis) é uma destas espécies de madeira nobre, cotada a R$ 2.138,06/m³ e, por conta de uma broca que provoca danos ao fuste, foi pouco estudada. O presente trabalho compõe estudos desenvolvidos no Laboratório de Genética e Melhoramento Florestal (LAMEF/UFPR) voltados para o melhoramento genético de C. fissilis. O objetivo deste trabalho é determinar a melhor altura da cepa em jardim clonal para produção de mini estacas de C. fissilis. O experimento está sendo conduzido no viveiro do LAMEF/UFPR. Após 180 dias da semeadura as plântulas foram repicadas para tubetes de 280 cm³ com substrato a base de casca de pinus e vermiculita expandida em proporção volumétrica de 1:1 e mantidas em área de rustificação. Fertirrigações semanais com macro (18:18:18) e micronutrientes foram realizadas. Aos 425 dias as mudas foram decepadas para a formação das cepas do jardim clonal e desde então sendo cultivadas em casa de sombra. Na primeira etapa as cepas foram medidas e agrupadas em cinco classes de altura (A, B, C, D, E), sendo elas respectivamente: 0,8 3,8; 3,9 6,8; 6,9 9,8; 9,9 12,8 e 12,9-15,8 centímetros; com as respectivas frequências: 116; 175; 48; 16; 5. Aos 30 dias da formação do jardim clonal foi realizado o primeiro levantamento de dados, sendo: diâmetro à altura do substrato, altura da cepa, número de brotações e comprimento da maior brotação. Novas avaliações serão realizadas mensalmente por 12 meses. Análises preliminares foram realizadas utilizando os dados da primeira medição por meio do teste de comparação de médias de Kruskal-Wallis. Estas indicaram que o grupo A foi estatisticamente inferior aos demais grupos quanto ao número e comprimento de brotos produzidos, não sendo assim, recomendada a altura de cepa de 0,8 a 3,8 para formação de jardim clonal. O vigor das cepas está sendo avaliado em função do número e crescimento de brotações (1ª etapa) e enraizamento e desenvolvimento de mini estacas (2ª etapa). A segunda etapa do trabalho se inicia com a poda das cepas aos 90 dias. O experimento de enraizamento será instalado em estufa em mesmo delineamento a cada três meses por um ano. Acredita-se que o resultado deste trabalho irá nortear a formação de jardim clonal com material geneticamente selecionado para produção de madeira de C. fissilis.

Palavras-chave: Cedro Rosa, Propagação Vegetativa, Melhoramento Florestal