ANÁLISE COMPARATIVA DE CRESCIMENTO INICIAL SOB ADUBAÇÃO ENTRE OS CLONES 34039 E 32864 DE EUCALYPTUS SALIGNA SMITH NO PRIMEIRO PLANALTO PARANAENSE

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Aluno de Iniciação Científica: Teçá Tobi Horokoski (IC-Voluntária)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Alessandro Camargo Angelo

Co-Orientador: Karen Koch Fernandes de Souza

Colaborador: Rozimeiry Gomes Bezerra Gaspar

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50201000


RESUMO

A produtividade do gênero Eucalyptus cresceu de forma expressiva nas últimas décadas graças ao melhoramento genético e técnicas silviculturais. O uso de clones proporciona a uniformização e aumento da produtividade e a adubação está entre as técnicas silviculturais mais importantes para o crescimento e produtividade. O Eucalyptus saligna ocorre em regiões com temperatura mínima de até -2 °C, suportando até 50 geadas de acordo coma região de procedência. A adubação é um fator que pode aumentar a resistência do gênero à geadas, tendo em vista que a área experimental está localizada na região 1 do zoneamento bioclimático do Paraná, de clima Cfb com 1 a 40 geadas por ano. A madeira do E. saligna possui usos múltiplos e densidade média. Estas características o torna apto para o plantio em pequenas propriedades rurais, tendo em vista a necessidade de madeira na propriedade e disponibilidade regional, além de aproveitar áreas consideradas improdutivas para agricultura, gerar renda complementar e diminuir a pressão sobre as florestas nativas. O objetivo do trabalho foi comparar o crescimento inicial sob adubação de dois clones de E. saligna: clone 34039 e clone 32864. O experimento localiza-se na Estação Experimental da UFPR Fazenda Canguiri, no município de Pinhais, PR. Os clones usados foram E. saligna 34039 e 32864. A área de plantio possui relevo suave ondulado, sendo o tipo de solo Cambissolo háplico tb Distrófico Típico (CXbd). O preparo do solo se deu com grade pesada, aplicação de calcário (2 ton/ha) e fosfato (200kg/ha). Os tratos silviculturais compreenderam 3 coroamentos a cada 30 dias, duas roçadas aos 45 e 90 dias e uma roçada na linha aos 45 dias. Para a adubação foi usado fertilizante convencional em duas fases: 200g para adubação de base (6-30-6) e 200g para adubação de cobertura (15-5-30). As atividades foram todas manuais, com exceção do preparo de solo e das roçadas. Após 90 dias do plantio foram medidos diâmetro do colo à 5cm do solo e altura total de todos os indivíduos sobreviventes. Os dados foram analisados com uma probabilidade de erro de 5% através do teste de P. Houve diferença significativa para a variável altura total e diâmetro de colo. O clone 32864 apresenta altura média 28,60% maior e diâmetro médio 46,67% maior que o clone 34039. Não houve mortalidade para o clone 32864, porém 2 indivíduos do clone 34039 morreram, levando a uma mortalidade de 12,5%. Pode-se concluir que o clone 32864 E. saligna apresentou maior crescimento inicial em altura e diâmetro que o clone 34039 E. saligna.

Palavras-chave: Eucalyptus, Clonal, Desenvolvimento