RELAÇÃO ENTRE A PRODUTIVIDADE DE MUDAS DE EUCALYPTUS DUNNII MAIDEN E A RADIAÇÃO FOTOSSINTÉTICAMENTE ATIVA INTERCEPTADA

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Aluno de Iniciação Científica: Guilherme Camacho Cadori (Outro)

Curso: Engenharia Florestal (MT)

Orientador: Carlos Roberto Sanquetta

Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte

Colaborador: Aurélio Lourenço Rodrigues, Sérgio Costa Junior,

Departamento: Ciências Florestais

Setor: Setor de Ciências AgráriasAlexandre Behling

Área de Conhecimento: 50201000


RESUMO

O Eucalyptus é o gênero de espécie florestal mais cultivado atualmente no Brasil. Estima-se que uma área de cerca de 5 milhões de ha está sendo ocupada por plantios desse gênero no país. Tendo em vista a relevância da eucaliptocultura, esse estudo visa analisar a relação entre o crescimento em fitomassa, o Índice de Área Foliar (IAF) e a Radiação Fotossinteticamente Ativa interceptada (RFAint) em mudas do gênero. Para tanto, avaliou-se o Incremento de Matéria Seca Total (incMST), o IAF e o efeito da Radiação Fotossinteticamente Ativa interceptada acumulada (RFAintac) na produtividade de mudas de Eucalyptus dunnii Maiden. O experimento foi disposto em forma de delineamento inteiramente casualizado, composto por dois tratamentos, cada um com 5 repetições. Os tratamentos se baseiam na densidade de mudas por bandeja, em que o T1 é caracterizado pela densidade média (213 mudas.m-²) e T2 pela densidade alta (426 mudas.m-²). O experimento foi conduzido em estufa com irrigação controlada. Para a determinação da fitomassa seca (FS) e área foliar (AF), foram utilizadas duas mudas por repetição em cada ocasião de avaliação (método destrutivo). Foram realizadas 6 avaliações espaçadas, em média, em 16 dias. A FS foi determinada a partir da mensuração direta da massa das mudas em balança de analítica, após serem secas durante 4 dias em estufa a 65° C. A AF foi obtida através de scanner foliar, sendo o IAF determinado posteriormente por meio da relação entre a AF total das plantas e a área ocupada por elas na bandeja. A RFAint foi calculada através de uma relação entre o fluxo de Radiação Fotossintéticamente Ativa incidente sobre as mudas (RFAinc), a Radiação Fotossintéticamente Ativa transmitida à bandeja (RFAt), o IAF e o Coeficiente de extinção de luz (k). O cálculo de k se deu através de uma relação entre RFAt, RFAinc e o IAF. O fluxo de RFA foi captado através de sensores. Um sensor foi instalado a altura da superfície da bandeja e outro próximo à altura das mudas. Observou-se que o T2 apresentou o maior valor para o incMST (2077,21 g.m-2), maior crescimento do IAF (245,74) e também a maior quantidade de RFAintac (745,86 MJ.m-2). Já o T1 apresentou os menores valores, sendo 1038,81 g.m-2 para o incMST, um aumento de 216,64 para o IAF e 502,86 MJ.m-2 de RFAintac. Independente do tratamento, tanto o incMST e o IAF apresentaram um elevado coeficiente de correlação de Pearson (r) em relação a RFAint, uma vez que este variou de 0,95 a 0,98. Concluiu-se que o T2 apresentou o maior crescimento provavelmente devido ao seu IAF, o qual permitiu uma maior absorção de RFA.

Palavras-chave: Crescimento, Mudas, Eucalyptus dunnii