DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ENERGÉTICO DA CASEARIA SYLVESTRIS E DO LIGUSTRUM LUCIDUM PARA O USO POTENCIAL EM CORTINAS DE SEGURANÇA
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Aluno de Iniciação Científica: Rafaela de Assunção (IC-Voluntária)
Curso: Engenharia Florestal (MT)
Orientador: Antonio Carlos Batista
Co-Orientador: Dimas Agostinho da Silva
Colaborador: Alberto Dembiski, Luiz Donizeti Casimiro Junior
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50200003
RESUMO
O fogo consome extensas áreas florestais todos os anos. Tendo em vista que a prevenção de incêndios é muito mais vantajosa que o seu combate, o estudo e a adoção de práticas de prevenção têm apresentado cada vez mais importância. Uma prática silvicultural eficaz na prevenção de incêndios é a implantação de cortinas de segurança, que possuem o objetivo de impedir ou reduzir a propagação do fogo entre áreas florestais. Uma das características desejáveis para o uso de uma espécie como cortina de segurança é o baixo poder calorífico do material combustível, sendo o poder calorífico a energia que mantém a reação da combustão. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o poder calorífico da Casearia sylvestris e do Ligustrum lucidum para o seu uso potencial em cortinas de segurança. A metodologia consistiu na retirada de material vegetal (folhas e galhos) com até 0,7 cm de diâmetro, com o auxílio da tesoura de poda e do calibrador e posterior secagem em estufa a 75 °C por 48 horas. Na sequência esse material foi triturado até ficar homogêneo, sendo acondicionado novamente em estufa por 24 horas, para eliminação da umidade adquirida durante a trituração. Por fim, o material foi acondicionado em um recipiente impermeável e transportado para análise no Laboratório de Energia de Biomassa Florestal e Bioenergia, do curso de Engenharia Florestal da UFPR. No laboratório as amostras foram analisadas segundo a norma NBR 8633 da ABNT, em uma bomba calorimétrica IKA WORKS modelo C5000, em duplicata. Para cada análise foram utilizados 0,45 a 0,50 gramas de material, resultando no valor do Poder Calorífico Superior (PCS) do mesmo, expresso em calorias por grama (cal/g). Os dados obtidos foram comparados com o poder calorífico superior de acículas de Pinus taeda (4998 cal/g), uma vez que este é o material padrão, para se verificar a potencialidade das espécies. Os resultados mostram que ambas as espécies possuem um PCS menor que o material padrão, tendo a Casearia sylvestris um poder calorífico superior de 4916,5 cal/g e o Ligustrum lucidum 4542,5 cal/g. Ambas as espécies apresentaram diferença significativa, quando submetidas a Análise de Variância (ANOVA). Considerando que as espécies potenciais devem apresentar um poder calorífico superior menor do que a espécie a qual irão proteger, neste estudo verificou se que o Ligustrum lucidum e a Casearia sylvestris são espécies indicadas com potencial para cortinas de segurança.
Palavras-chave: Combustíveis Florestais, Inflamabilidade da Vegetação, Prevenção de Incêndios