A TENDÊNCIA DE MECANIZAÇÃO NA RESINAGEM EM PINUS SPP.
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Aluno de Iniciação Científica: Emilin Joma da Silva (PET)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira (MT)
Orientador: Vitor Afonso Hoeflich
Departamento: Economia Rural e Extensão
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50200003
RESUMO
A extração comercial de óleo-resina iniciou no Brasil nos anos 70, em árvores de Pinus elliotti. A resina é coletada em árvores vivas por meio da retirada da casca e da exsudação de estrias abertas na região do câmbio vascular e dos canais resiníferos. O país produz anualmente 110.000 toneladas de resina, exportando aproximadamente a metade e movimentando em torno de R$150.000.000,00/ano. Também contribui para a fixação da população nas áreas rurais, promove inúmeros empregos indiretos na indústria química e gera renda em um curto espaço de tempo. O objetivo do estudo é descrever o processo de mecanização na atividade de produção florestal com fins de resinagem. O estudo utiliza-se dos conceitos de análise diagnóstica de cadeias produtiva. Os resultados obtidos destacam que a atividade resineira não tem recebido estímulo do poder público, faltando informações adequadas sobre as possibilidades de produção de breu e terebintina a partir da resina obtida. Identificou-se uma tendência à mecanização devido à redução da mão de obra rural, a qual também promove maior produtividade e qualidade, maior eficiência. Estudos realizados na Europa indicaram o desenvolvimento de dispositivo mecânico que proporciona rapidez e agilidade na abertura dos painéis de estriagem nas árvores. Este mecanismo busca facilitar o processo para o trabalhador, otimizar o tempo de abertura dos painéis e tornar o setor resineiro mais competitivo, caracterizando-se como uma possibilidade de se mecanizar a coleta de óleo-resina. O equipamento apresentou o inconveniente de ser um utensílio pesado, pouco eficiente na abertura dos painéis danificando a madeira, pois consome mais material lenhoso do que na resinagem manual. Constatou-se, também, que o equipamento só pode ser utilizado na altura da cintura do operário, causando desperdício da árvore em usos posteriores como serrarias por exemplo. A mecanização tem sido indicada como uma tendência. A resinagem, contudo, necessita de incentivos para que se manter como atividade produtiva. Não há evidências de que a tendência da mecanização identificada na Europa venha a ser seguida no Brasil.
Palavras-chave: Resinagem, Pinus spp., Mecanização