RESUMO

A região dos Campos Gerais é conhecida por apresentar campos ricos em espécies florísticas nativas, porém ainda não avaliadas quanto a suas possibilidades de uso, mas cujo valor ornamental justificaria sua inserção no mercado da floricultura. Entretanto, esta região vem sofrendo alterações em sua paisagem natural e uma das formas de preservação dessas espécies é o mercado de plantas ornamentais nativas. Essa inserção além de valorizar a biodiversidade local ainda representa um diferencial nesse mercado cada vez mais disputado. Informações geradas sobre a germinação e cultivo de espécies nativas podem incentivar o seu cultivo em viveiros comerciais, apresentando um importante papel na conservação das espécies. Plantas nativas possuem vantagens com relação às plantas exóticas quando se trata em adaptação, devido a menor adubação e quantidade de água para seu desenvolvimento refletindo em valores econômicos para a manutenção dos jardins. Entretanto, as informações na literatura sobre a qualidade física e fisiológica dos diásporos destas espécies e o seu potencial de armazenamento, visando subsídio para a produção comercial e o aumento do cultivo são escassas ou em muitos casos inexistentes, por isso, fazem-se necessários estudos sobre sua propagação. Com isso, foram testadas quatro temperaturas: 15, 20, 25 e 30 °C. Para o armazenamento foram avaliados dois ambientes e dois tipos de embalagens por seis meses. As temperaturas indicadas para germinação de diásporos de Calea hispida e Calea marginata são 20 °C e 25°C. Diásporos de Calea hispida podem ser armazenados por seis meses em embalagem de polietileno tanto em câmara seca quanto geladeira, os de Calea marginata podem ser armazenados por seis meses em geladeira tanto em embalagem do tipo Kraft® quanto em sacos de polietileno.

Palavras-chave: Propagação, Conservação, Asteraceae