CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DO SOLO SOB FLORESTAS SECUNDÁRIAS DA MATA ATLÂNTICA, GUARAQUEÇABA, PR.
0755
evinci/resumo_0755.html
Aluno de Iniciação Científica: Rodrigo Jachuk (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Florestal (MT)
Orientador: Renato Marques
Colaborador: Gustavo Pacheco dos Santos
Departamento: Solos e Engenharia Agrícola
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50101005
RESUMO
A compreensão do funcionamento biogeoquímico florestal é de suma importância para se avaliar a sua sustentabilidade, assim como a sua fragilidade. Um aspecto importante da sustentabilidade florestal está relacionado com as características físicas e químicas do solo. As relações entre estas características muitas vezes definem a disponibilidade de nutrientes às plantas nos ecossistemas. Por outro lado, dependendo do estado de desenvolvimento da floresta, a sua contribuição para a ciclagem de nutrientes pode ser maior ou menor. Para se atingir esta compreensão são necessárias caracterizações do meio físico (solos, clima) e do meio biótico (florestas). Nesta fase, deste trabalho, o objetivo foi a quantificação das frações de serapilheira acumulada sobre o solo florestal e a avaliação de relações entre este material e as características químicas do solo, em florestas secundárias da Mata Atlântica. O trabalho foi realizado na Reserva Natural do Itaqui, em Guaraqueçaba, PR, onde foram coletadas amostras de serapilheira e solo em sítios distintos, representando diferentes fases de sucessão secundária e denominadas: estágio médio florestal (M) e floresta madura (F). As amostras de serapilheira foram coletadas de forma aleatória em dez pontos dentro de cada área de estudo. Posteriormente foi separada nos horizontes orgânicos L, Fr e Fm, além da fração galhos (G). O solo também foi coletado de forma aleatória, em 15 pontos diferentes, na profundidade de 0-5 cm em cada área. As 30 amostras coletadas passaram por análises químicas, nas quais foram determinados os parâmetros químicos de fertilidade do solo. No estágio médio florestal (M), as frações Fr e Fm foram as que mais contribuíram para a quantidade de material depositado, com valores variando entre 27 e 38% do total acumulado. Em seguida a fração L foi a mais representativa (15-23%) e por último a fração G (6-19%). Na floresta madura (F), a fração Fm se destacou em relação às demais com valores variando entre 43 e 47% do total acumulado, vindo em seguida as frações Fr (28-32%), L (19-22%) e G (2-7%). Estes resultados mostram as mudanças na composição da serapilheira acumulada em função da idade da floresta. Com respeito às relações entre serapilheira acumulada e características do solo, chama atenção valores mais elevados dos cátions básicos Ca e Mg em uma das áreas de estudo, a qual, opostamente, apresentou menores quantidades de serapilheira acumulada, podendo haver relação entre estes dois fatos. Nova coleta de serapilheira já foi realizada e os resultados poderão ou não confirmar esta relação.
Palavras-chave: Floresta Atlântica, Serapilheira, Fertilidade do Solo