EFEITO RESIDUAL DO LODO DE ESGOTO APLICADO AO SOLO NOS ASPECTOS FITOTÉCNICOS DO FEIJOEIRO EM CASA DE VEGETAÇÃO.

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Aluno de Iniciação Científica: Athina Illich (PIBIC/CNPq)

Curso: Agronomia (MT)

Orientador: Beatriz Monte Serrat

Co-Orientador: Jair Alves Dionisio

Colaborador: Rosemeri Metz, Andressa Andriolli

Departamento: Solos e Engenharia Agrícola

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 50101005


RESUMO

O lodo de esgoto higienizado pelo processo de estabilização alcalina prolongada (lodo EAP) está sendo cada vez mais utilizado com fonte de corretivo na agricultura, pois fornece elementos essenciais para as plantas além de possuir um grande percentual de matéria orgânica. Diversas culturas tem sido utilizadas para a avaliação do efeito desse resíduo, entre elas a cultura do feijoeiro que além de apresentar boas respostas é muito utilizada e importante alimento da dieta dos brasileiros. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito residual de lodos de esgoto como corretivo, no desenvolvimento e crescimento do feijoeiro em três solos de diferentes regiões do Paraná, sendo eles: Umuarama, Pato Branco e Pinhais. Foram realizados três experimentos em Casa de Vegetação, sendo utilizado o Delineamento Inteiramente Casualizado com seis tratamentos e três repetições, para cada solo. Os tratamentos utilizados constaram de uma testemunha, uma dose de calcário (100%) e quatro doses de lodo alcalinizado de 50, 100, 150 e 200%, referente à dose de corretivo necessária para atingir pH 5,5 (100%), conforme resultados prévios da curva de elevação do pH. As variáveis avaliadas foram: Germinação e Altura em crescimento do feijoeiro, volume de raiz e quantidade de nódulos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância Anova e Teste de Tukey a 5% de probabilidade. O solo de Umuarama (LVd arenoso), de textura franco-arenosa e baixos teores de matéria orgânica, obteve resultados significativos para a quantidade de matéria seca, volume de raiz e número de nódulos com a elevação da dose de lodo EAP de 100% ou superiores. Foi o único solo que apresentou nódulos de vários diâmetros. No solo de Pato Branco (LVd muito argiloso) houve diferença significativa para a presença do primeiro par de folhas. O atraso da testemunha foi, provavelmente, devido ao alto teor de Al presente no solo. Isso refletiu na respostas do feijoeiro à altura aos 60 DAE, matéria seca e volume de raiz, com os melhores resultados à aplicação do lodo EAP nas doses mais elevadas. Por fim, o solo de Pinhais (LBw argiloso), com alto teor de matéria orgânica, apresentou variações entre os tratamentos, semelhante ao ocorrido para o solo de Pato Branco, para as estas três variáveis citadas.

Palavras-chave: Biossólido, Corretivo, Solos Paranaenses