ÁCIDO 2,4 DICLOROFENOXIACÉTICO E ÁCIDO INDOL BUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS HERBÁCEAS DE FIGUEIRA.
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Aluno de Iniciação Científica: Rodrigo Teles dos Santos (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia (MT)
Orientador: Mauro Brasil Dias Tofanelli
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Setor de Ciências Agrárias
Área de Conhecimento: 50100009
RESUMO
A cultura da figueira (Ficus carica L.) constitui-se numa importante frutífera no Brasil cuja propagação se baseia no uso de estacas lenhosas, porém em alguns casos pode não haver disponibilidade deste material propagativo sendo necessário empregar outras técnicas como o uso de estacas herbáceas e de reguladores vegetais promotores do enraizamento. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito das auxinas 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) e ácido indolbutírico (AIB) em diferentes concentrações no enraizamento de estacas herbáceas de figueira. O experimento foi instalado no Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo DFF do Setor de Ciências Agrárias SCA da Universidade Federal do Paraná UFPR, sendo as estacas obtidas de figueiras Roxo de Valinhos' com 2 anos de idade localizadas no pomar do Centro de Ensino e Aplicado em Ciências Agrárias CEAA (Pinhais-PR) da UFPR a partir de ramos herbáceos obtidos de material descartado após poda de desbrota realizada em outubro de 2012. Imediatamente após a coleta dos ramos, estes foram colocados em baldes com água e encaminhados para o DFF onde foram preparadas as estacas herbáceas de 10 cm de comprimento contendo 2 folhas cortadas ao meio por estaca. Logo após o preparo, as estacas foram tratadas com soluções de 2,4-D e AIB nas concentrações de 0, 250, 500 e 1000 mg L-1 em imersão rápida por 5 segundo. Logo após o tratamento, as estacas foram plantadas em tubetes com vermiculita dispostos em bandejas plásticas e mantidas em casa-de-vegetação com nebulização intermitente por 45 dias quando foram avaliadas as seguintes características: porcentagem de estacas enraizadas, brotadas e mortas, massa fresca e seca do sistema radicular e mediante o sistema operacional Win Rhizo a área radicular, volume radicular, comprimento total das raízes e distribuição de raízes segundo o comprimento por diâmetro médio classificado em: raízes muito finas (0-0,5mm), raízes finas (0,5-1,0mm), raízes médias finas (1,0-1,5mm), raízes médias (1,5-2,0 cm) e raízes grossas (>2,0mm). O 2,4-D influenciou em nenhuma das características avaliadas. As concentrações de 250 e 500 mg L-1 tratamento de AIB proporcionaram maior enraizamento e número de raízes quando comparado com a testemunha. Além disso, o tratamento com AIB na concentração de 250 mg L-1 favoreceu maior incremento na massa fresca, na área radicular, no comprimento total de raízes e no comprimento de raízes com diâmetro de 0-0,5 mm e de 0,5-1,0 mm. Desta forma, conclui-se que estacas herbáceas tratadas com AIB demonstram potencial para a propagação da figueira.
Palavras-chave: Ficus carica L., Ácido 2,4 Diclorofenoxiacético, Ácido Indol Butírico