RESUMO

Com o novo modelo de atenção psicossocial, os temas estigma e preconceito passaram a fazer parte do cotidiano dos profissionais que trabalham na área e das discussões das pessoas com transtornos mentais (TM). É importante a caracterização dos estigmas para encontrar estratégias para novas perspectivas de intervenção da Terapia Ocupacional para essa população. Objetivo: Investigar ao influencia do estigma e do preconceito no desempenho ocupacional do indivíduo com TM Metodologia: Foi realizada revisão bibliográfica e pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, com 09 Indivíduos na faixa etária entre 18 e 60 anos, de ambos os sexos utilizando entrevista semiestruturada e para a análise dos dados foi utilizada a análise do discurso proposta por Bardin. Resultados: De acordo com o referencial teórico e com as entrevistas, foi possível compreender que tanto o estigma quanto o autoestima estão presentes para a maioria das pessoas com transtornos mentais e interfere negativamente no desempenho ocupacional e na qualidade de vida. Uma das estratégias de atuação da Terapia Ocupacional nesse caso, é a busca da valorização da atividade humana e do trabalho para a saúde mental e inserção social. As redes sociais são espaços em que as pessoas contam com suporte e apoio emocional, compartilham problemas e tentam encontrar soluções, sendo que o trabalho é uma das formas de criação de vínculos sociais que no processo de transtorno mental encontram-se fragilizados e passíveis de ruptura. Conclusão: Novas pesquisas ainda deverão ocorrer para que se confirme sua eficácia, ampliando suas estratégias de intervenção minimizando os efeitos desses estigmas através de programas de reabilitação em Saúde Mental. Para a reabilitação psicossocial e mais especificamente para a terapia ocupacional, o desafio da inserção social de pessoas com transtornos mentais e o desenvolvimento de formas de convívio com o estigma, o preconceito, exigem transformações profundas e uma revisão de conceitos pré-estabelecidos pela sociedade e até mesmo pelos próprios pacientes estigmatizados.

Palavras-chave: Transtornos Mentais, Estigma, Discriminação