AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA E DO MEDO DE CAIR EM IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS

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Aluno de Iniciação Científica: Indaiara Felisbino (PIBIC/CNPq)

Curso: Fisioterapia (Setor Litoral) (MT)

Orientador: Anna Raquel Silveira Gomes

Colaborador: Jhonnatam Lincon Bernardi, Elisangela Valevein Rodrigues,

Departamento: Setor LitoralEduardo Wamser

Setor: Setor Litoral

Área de Conhecimento: 40800008


RESUMO

Introdução: A queda é um evento involuntário comum que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo em relação a sua posição inicial. Aproximadamente 30% das pessoas com mais de 65 anos caem a cada ano e esta taxa aumenta com o passar dos anos, especialmente em idosos institucionalizados. Com o envelhecimento, ocorre redução da mobilidade e de força muscular e a velocidade e qualidade de resposta a uma perturbação diminuem, em caso de tropeço ou deslizes. O trauma psicológico é uma consequência das quedas e é traduzido pelo medo de cair, independentemente do trauma físico e/ou limitação funcional. Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi avaliar o medo de cair e o risco de quedas em idosas institucionalizadas. Metodologia: Foram selecionadas 17 mulheres, com mais de 60 anos de idade, moradoras de uma instituição de longa permanência para idosas, de acordo com o estado cognitivo, avaliado por meio do mini exame do estado mental (MEEM); o nível de atividade física foi verificado através do perfil da atividade humana (PAH) e função do quadril e do joelho, analisada pela aplicação do questionário algofuncional de Lequesne. O risco de quedas e a mobilidade funcional foram avaliados por meio do teste Time Up and Go (TUG) e o medo de cair por meio da Falls Efficacy Scale – International (FES-I). Os resultados estão descritos como média e desvio padrão. Após a analise dos dados, utilizou-se o programa Statistica para avaliar a correlação entre o TUG e FES-I através do índice de correlação de Spearman. Como os dados não apresentaram distribuição normal (p=0,05, Shapiro-Wilk), foram considerados não paramétricos. Resultados: As idosas (n=17, 71±09 anos; estatura 1,55±0,09m; massa corporal 71,93±24,51kg e IMC 29,73±9,08) apresentaram estado cognitivo com escore do MEEM de 20,06±5,32; nível de atividade física avaliado pelo PAH de 39,71±15,35; função do quadril de 2,65±3,44 e do joelho de 4,41±4,82 (Lequesne). Quanto a mobilidade funcional, o tempo médio para realização do TUG foi de 20,25s±17,66s e a média do escore da escala de medo de cair (FES-I) foi de 27,12±10,1. Houve fraca correlação entre as variáveis FES-I e TUG (r=0,475) e não foi estatisticamente significativa (p= 0,889). Conclusão: As idosas apresentaram perfil de atividade física inativo e capacidade funcional do quadril e do joelho pouco acometida. A mobilidade funcional sugere risco de quedas, enquanto o medo de cair está associado com histórico de quedas esporádicas.

Palavras-chave: Acidentes por Quedas, Envelhecimento, Saúde do Idoso