ANÁLISE DOS CADASTROS EXCLUÍDOS DO PROGRAMA DE CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES E GATOS DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – PR

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Aluno de Iniciação Científica: Suzana Maria Rocha (UFPR–EXTENSÃO)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Simone Tostes de Oliveira Stedile

Co-Orientador: Alexander Welker Biondo

Colaborador: Dariane Cristina Catapan, Graziela Ribeiro da Cunha,

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Setor de Ciências AgráriasMaysa Pellizzaro

Área de Conhecimento: 40602001


RESUMO

Em vários países do mundo, incluindo o Brasil, o número de cães e gatos nas ruas é um problema de saúde pública que precisa ser solucionado adequadamente. Em 2010, o município de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba-PR, criou o Programa Municipal de Controle Ético da População Canina e Felina, com o objetivo de promover o controle da população de animais na cidade através de esterilizações cirúrgicas, e também trabalhando os conceitos de guarda responsável e a prevenção de zoonoses. Para participar do programa é preciso cumprir alguns requisitos como residir na cidade, comparecer a palestra educativa, levar o animal para a avaliação física pré-cirúrgica e para realização da cirurgia nos dias marcados, sendo que o não cumprimento de alguma dessas etapas tem como consequência a exclusão do cadastro. Buscando avaliar a deficiência do programa, foram analisadas fichas de 598 proprietários (1871 animais) que realizaram o cadastro entre setembro de 2010 e abril de 2013, mas que foram excluídos posteriormente, e buscou-se determinar os motivos de sua exclusão. Após a análise dos dados, observou-se que a exclusão de 939/1871 (50,2%) dos cadastros foi por consequência do não cumprimento de alguma etapa do programa e 932/1871 (49,8%) por outros motivos. Entre os que foram excluídos por não cumprir algum requisito do programa, 59% (554/939) não estavam presentes na palestra; 228/939 (24,3%) faltaram na avaliação física e 157/939 (16,7%) não compareceram no dia da castração. Outros motivos da exclusão foram impossibilidade de contato com o proprietário para agendamento das etapas em 235/932 (25,2%); desistências em 200/932 (21,4%); opção do proprietário por realizar a cirurgia por serviços particulares em 138/932 (14,8%) devido, principalmente, à longa espera entre o cadastro e a castração (média de espera de 7,2 meses entre os já castrados) e motivos diversos como o animal estar doente, ser idoso, ter fugido ou ter sido doado em 359/932 (38,6%). Observando os resultados obtidos com esse estudo, podemos concluir que o principal motivo para a exclusão de cadastros é a falta de comprometimento dos proprietários em cumprir os passos do programa, prejudicando o objetivo da cidade em controlar a superpopulação de animais. Dessa maneira faz-se necessário trabalhar a aceitação da população às condições do programa, através de meios mais acessíveis como a mídia, e também reduzindo o tempo de espera para a castração, visando diminuir o número de cadastros excluídos e buscando melhorar a eficiência do programa em atingir suas metas.

Palavras-chave: Controle Populacional, Cadastros Excluídos, Esterilização Cirúrgica