AGENTES BIOLÓGICOS E SAÚDE
0708
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Aluno de Iniciação Científica: Bernardo Wessler Dagostim (PIBIC/CNPq)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)
Orientador: Eliane Carneiro Gomes
Co-Orientador: Walfrido Kühl Svoboda
Colaborador: Tatiana C. Rocha, Letícia C. Gomes, Beatriz Boger
Departamento: Saúde Comunitária
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40602001
RESUMO
No Brasil, tem sido observado que a Febre Amarela (FA) e algumas outras arboviroses estão reemergindo em regiões onde no passado houve casos ou foram epidêmicas. Várias regiões do Estado do Paraná estão susceptíveis para a reemergência destes vírus, como já vem acontecendo, em primatas não humanos, em outras regiões do País. Esses arbovírus têm nos primatas não humanos (PNH) o seu principal reservatório silvestre, com grande potencial de urbanização em algumas regiões e nos mosquitos dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethesseus principais vetores. O uso de macacos sentinelas foi primeiramente relatado em estudos sobre Febre Amarela na África. Animais sentinelas são indivíduos não imunes e susceptíveis, introduzidos em uma região endêmica podendo revelar a atividade virótica local, através do desenvolvimento de infecção. Técnicas de biologia molecular, avaliação do titulo sorológico e tentativa de isolamento viral destes animais sentinelas podem trazer importantes informações epidemiológicas. É necessário compreender a relação dos agentes biológicos com a saúde por meio do acompanhamento das etapas quanto às análises destes e interpretação dos resultados obtidos, bem como demais etapas da pesquisa. Esta situação de risco requer estudos para identificação dos agentes nestes reservatórios silvestres, dentro da sua ecoepidemiologia, possibilitando assim a previsão de epidemias em seres humanos, além do estabelecimento de modelos de vigilância da FA e arboviroses de interesse à Saúde Pública. Até o presente momento foram processadas 26 amostras, sendo 18 amostras (13 amostras de soro e 5 amostras de sangue) da soroteca de PNH capturados na região noroeste do estado do Paraná e 8 amostras de sangue de saguis capturados na região do Bosque da Companhia de Energia Elétrica do Paraná, localizado no bairro Bigorrilho, e no Parque Barigui, em Curitiba/PR. A metodologia empregada baseia-se na identificação viral por meio de técnicas de biologia molecular (RT-PCR). Todas as amostras analisadas mostraram-se negativas durante a etapa de eletroforese em gel de poliacrilamida 10%. Portanto, estas amostras foram consideradas negativas quanto à presença de Flavivirus.
Palavras-chave: Febre Amarela, Primatas Não Humanos, Arbovírus